Pelos vistos era preciso manter o Sporting na crista da onda neste espaço sem competições internas e daí a entrevista de Jorge Jesus à lixeira desportiva do grupo Cofina. Nada contra, cada clube tem a estratégia de comunicação que quer - acho até que eles têm a mais o que nós temos de menos -, mas ainda só vamos na terceira jornada, parece que ainda é muito cedo para tanta euforia, tanto triunfalismo, até apetece dizer:
- Segura o passarinho, ó "Catedrático", o que fez a diferença foi o Tiago Martins, mesmo frente a uma equipa em construção e que vinha de um jogo de grande desgaste físico e psicológico.
Sem esmiuçar a entrevista do artista, perder tempo a comentar o que ele disse sobre vários assuntos, não me diz respeito enquanto portista, mas já quando ele fala os lances dos golos da sua equipa, se não estava à espera que dissesse outra coisa - se perante uma das mais vergonhosas capeladas que há memória, ele disse que foi limpinho, limpinho, ia agora dizer algo diferente? -, espero que o Sporting das entradas a rasgar e cotovelo afiado, não seja para continuar - um jogador do F.C.Porto, Alex Telles, já foi expulso por muito menos -, bola nas mãos ou nos braços, sejam analisadas com um critério uniforme. Tem a palavra o Conselho de Arbitragem e em particular o seu presidente, Fontelas Gomes que deve conhecer o provérbio, à mulher de César não basta ser séria, tem que parecer séria.

Nota final:
Acho curioso, o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa é constantemente insultado no site do panfleto da queimada, ontem, por exemplo, foi apelidado de velho xexé e nem a mulher foi poupada. Mas depois o F.C.Porto recebe em sua casa os jornalistas desse pasquim, trata-os com toda a deferência, na conferências de imprensa de antevisão, vai mais longe na gentileza e permite que façam perguntas ao seu treinador. Muito simpático este Porto cavalheiro e cheio de fair-play.