quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Quando se ganha é uma festa, é tudo um mar de rosas, ninguém quer saber de nada, questiona nada, um conjunto de banalidades é transformado numa grande entrevista, um conjunto de intenções passam a certezas absolutas. Pontos sensíveis, vouchers ou Porta 18, malas com 50 mil euros ou o negócio da transferência do paraguaio Francisco Vera, são ignorados, é preciso que o "Rei Midas" apareça como o grande estadista da Era Moderna. Não tarda que com tanta vassalagem e tantos elogios - o pastel de Belém e o freteiro com calo no cu, até babaram -, brevemente a estátua de Eusébio tenha companhia...
Claro que Luisão nunca foi empurrado... , mas tem 35 anos...; óbvio que Raúl Jiménez vai ser a maior transferência do futebol português - se Ivan Cavaleiro foi vendido por 15 milhões...; sua excelência até dá o benefício da dúvida ao novo Conselho de Arbitragem, mas atenção, nada de Manuel Oliveira, só árbitros amigos, tipo Capela, Ferreira, Paixão, Almeida ou um dos internacionais de aviário que esses dão todas as garantias; e claro que Rafa optou pelo Benfica, não porque foi quem lhe ofereceu melhores condições - essas até tiveram origem noutro dos pretendentes. Qual? -, mas por paixão pelo encarnado e quando é assim até pagavam 20 - será que já não pagaram ou vão pagar?
Que bonito é o futebol português quando quem ganha são os da Luz...
Portanto e no que nos diz respeito, independentemente de tudo o que é preciso fazer e dizer, vamos lá ganhar e ganhar. Porque ganhar dá confiança, tranquilidade, serenidade, com vitórias tudo muda e fica mais fácil. E comecemos já no sábado frente a um difícil Vitória S.C.
- Caro Pedro Marques Lopes, quando se fala do regresso ao passado, não é ao passado do amadorismo, da carolice, coisas feitas ao sabor do impulso momentâneo. Não, nada disso, é adaptar aos tais tempos modernos de que falas, tempos de profissionalismo ao mais alto nível de exigência, a alma e o espírito guerreiro de outrora. É não ficar cego, surdo e mudo, permitir pelo silêncio tudo e mais alguma coisa, dentro e fora das quatro linhas e que levaram a que nos dias de hoje todos nos faltem ao respeito com uma ligeireza que nos incomoda e cujas consequências estão à vista. Não contamos, não temos poder, não somos protagonistas, eles tomaram conta do palco, nós somos tratados como figuras decorativas.
Reparem e interpretem isto: o árbitro não marcou um penalty a favor do Benfica, foi arrasado, teve nota 3, numa escala de 0 a 10. Comparem com as notas aos árbitros que não marcam penalties a favor do F.C.Porto ou erram contra o F.C.Porto. É assim, com estas mensagens que se condiciona, pressiona, se diz aos árbitros: se errares contra o F.C.Porto, não há problemas, levas nota positiva, mas se errares contra o Benfica, já sabes...
Para quando uma tomada de posição a sério do F.C.Porto contra esta lixeira da queimada?