sexta-feira, 11 de novembro de 2016
Não foi uma entrevista que me deixasse entusiasmado, galvanizado, confiante, crente e convicto que as coisas, agora e definitivamente, vão entrar no rumo certo. Não sei se por via do que tem acontecido nos últimos tempos, estou na fase do ver para crer, acreditar, sim, desistir, nunca, mas é a equipa e o treinador que têm de dar as respostas às minhas e de grande parte do universo portista, dúvidas e receios - Chaves, Copenhaga e Belém, já vão dizer algo, se a partir de agora acabaram as recaídas, em particular aquelas que deixam marcas.
A entrevista também mostrou que Nuno Espírito Santo(NES) não tem aquela chama que outros treinadores que passaram pelo Dragão tinham, com esses, no final de cada entrevista, o espírito era: até os comemos, carago! Para mim, portista à moda antiga, treinador do F.C.Porto tem de vestir a camisola e se isso significar que a sua imagem fique desgastada... que se lixe! Mas os tempos são outros e o estilo do treinador NES é um estilo soft, cuidadoso, que evita grandes ondas e foge das grandes polémicas - se quem está acima, agora, também faz o mesmo...
Algumas notas sobre os assuntos tratados.
Arbitragens:
NES falou nos erros que têm penalizado a sua equipa, erros que são óbvios e todos os reconhecem, mas gostava de o ter visto a colocar mais ênfase, principalmente na questão dos critérios dos árbitros. As imagens que passavam eram sintomáticas e deviam ter sido aproveitadas para colocar enfoque na forma como certas entradas são analisadas; como as mãos e braços são ou não intencionais, conforme se trata do F.C.Porto ou dos seus rivais; questionar porque em jogos semelhantes, uns têm 6 e mais minutos de desconto, outros que está envolvido o F.C.Porto, dá-se os descontos normais, os que se costumam dar em jogos que decorrem normalmente.
Setúbal:
Não concordo que a exibição frente ao Vitória F.C. tenha sido boa. É verdade que podíamos e devíamos ter ganho, pelas oportunidades criadas e por razões que deviam ter sido melhor analisadas pela terceira equipa em campo, mas o F.C.Porto, tirando os últimos 20 minutos da primeira-parte e os 10 iniciais da segunda, onde esteve a um nível aceitável, no resto do tempo fez muito pouco para ganhar. A justificação para anão entrada de Depoitre não me convenceu. Não devemos fazer do chamado chuveirinho uma prática corrente, mas a partir de determinada altura, quando estava claro que já não ia de outra maneira, o futebol directo é uma arma que temos de utilizar. E o belga tem as características necessárias para esse futebol. Aliás, a sua contratação passa muito pela utilização em jogos fechados, muita gente lá a trás, não vai por baixo, tentamos por cima.
Sistema:
Concordo que mais importante que o sistema e as posições, são as dinâmicas, os equilíbrios e a organização. Mas que Porto somos quando o adversário reage e recuamos? Não temos posse, não controlamos com bola, obrigando o rival a desgastar-se, damos a iniciativa, OK, mas porque também não s(f)omos uma equipa rápida a sair para o contra-ataque? Foi desgaste derivado do esforço no jogo da Champions que nos tirou capacidade e foi preciso mexer, retirando gente mais preparada para este tipo de jogo ou temos de trabalhar melhor as transições? Porque e isso nota-se bem, temos gente com boas características para um futebol de saídas rápidas.
Defesa:
Concordo e já o tinha referido. Esta época o F.C.Porto não tendo uma defesa perfeita, isso não existe, tem a defesa mais coesa das últimas temporadas.
Não abdicamos de nenhuma prova:
Correcto. Um clube como o F.C.Porto tem de entrar para ganhar sempre, particularmente nas provas internas, mesmo que a Taça da Liga/CTT, sirva fundamentalmente para dar oportunidade aos menos utilizados.
Saímos mais fortes do jogo com o Benfica, as ambições estão intactas, o melhor ainda está para vir:
A forma como jogamos e como durante uma grande parte do jogo tornamos o Benfica pequenino, apesar do soco no estômago que significou aquele golo injusto, pode ser capitalizado para um Porto mais consistente, mais constante, mais confiante e mais ganhador. Mas como disse no princípio, isso veremos nos próximos jogos. Seria óptimo que o melhor esteja para vir, mas venha já, não há mais tempo para ter tempo.
Notas finais:
Pois, pois Sílvio Cervan, senador pateta, és um iluminado. De facto, o Benfica é que perdeu 2 pontos e o F.C.Porto tem complexos em relação ao Benfica. Sobre a perda dos 2 pontos, há unanimidade, foi mesmo como estás a dizer. Sobre os complexos também são notórios, quando vem ao Dragão o clube do regime nunca joga como qualquer equipa que luta para não descer...
Hugo Caturna, foi um dos três detidos na manifestação de taxistas e foi condenado a 3 anos de pena suspensa, apesar de já ter antecedentes criminais. O curioso é que ninguém associou este cidadão exemplar - aqui - ao Benfica, mesmo sendo ele um dos responsáveis da claque No Name Boys. Já quando se trata de Fernando Madureira, agora Doutor, Mestre Macaco, aí tudo muda, tudo serve para denegrir, associar o F.C.Porto à festa.
Onde andava o freteiro com calo no cu como o macaco, Delgado, quando o autocarro dos Super-Dragões foi incendiado em Lisboa?