sábado, 12 de novembro de 2016
Depois da exibição bastante meritória do F.C. PORTO frente ao clube dos heróis do povo , onde o resultado pode ter duas interpretações - por causa do árbitro que nos sonegou dois golos limpos, ou por causa do grande piço que originou o golo injusto do rival, é tempo de olhar em frente. Partir para outra, porque só os museus é que vivem de recordações.
Estou confiante no crescimento sustentado desta equipa. Já o disse várias vezes e continuo a dizer. E tal como disse o nosso treinador, o verdadeiro F.C. PORTO ainda não se viu. Esta jovem equipa tem capacidade e talento para fazer muito mais e melhor. Pena que nos falte um killer instinct lá na frente. Um verdadeiro matador. André Silva é um jovem ainda em fase de aprendizagem em curso intensivo e rápido! Mas a dinâmica, a intensidade, a vontade de mostrar em campo que sabem jogar á bola, faz-me confiar num bom desempenho até final. O meu único receio, é a juventude desta equipa, a sua grande falta de maturidade, que, afinal, se calhar até foi isso que levou os outros a saírem de sorriso amarelo do Dragão.
Mas temos que estar todos do mesmo lado. Temos que remar todos juntos na mesma direcção e no mesmo ritmo. Bem sei que em cada cabeça, sua sentença, em cada pessoa uma opinião. Faz parte da liberdade de expressão. Mas a liberdade de expressão, não é ser soez, maldizente ou até mesmo descrente ao menor desaire. E se nós, portistas, até fazemos parte do clube mais perseguido, mais vilipendiado, mais odiado da história do desporto em Portugal, por parte de um centralismo cinzento, retrógrado, que apenas e só quer dividir para reinar, nós, portistas não podemos ir por esse caminho entre nós próprios! Temos que ser unidos, temos que ser solidários, temos que cerrar fileiras. Uma vara de feixe é facilmente quebrada, mas um molho nem se sequer se dobra!
Nós que acusamos a presidência de andar amorfa, calada e em bom fair-play perante vouchers, arbitragens desastrosas e uma imprensa descarada e vergonhosamente pró vermelha, não podemos, aliás, não devemos fazer o mesmo com os nossos!
Apoiar a equipa até as gargantas secarem, bater palmas até as mãos doerem, lutar pelos nossos como se não houvesse amanhã, isso sim é SER PORTO! Não é num (feliz) chavão, que o portismo se identifica. É no hálito quente do Dragão sobre os nossos adversários. É vê-los tremer quando chegam ao Dragão. É vê-los jogar como equipa pequena, medrosa, com receio de ser humilhada. É vê-los jogar á Tondela. É queimá-los com o nosso bafo. E quando isso acontece, mesmo que no final o resultado seja injusto, há algo dentro de nós que nos faz sentir que estamos no bom caminho. E o caminho é para a frente!