sábado, 3 de dezembro de 2016
Passando por cima da velha máxima portuguesa de que todos os árbitros são gatunos, efectivamente de há uns anos para cá que o FC PORTO tem vindo a ser prejudicado em vários jogos pelas equipas de arbitragem. Mesmo nos últimos anos de campeões, com André Villas-Boas e Vitor Pereira, começamos a pagar as favas de que marcar um penálti a nosso favor, é coisa de frete, suspeição, bem pior que um voucher, já que 500 euros para um árbitro não é nada!
Em paralelo, criticamos a equipa, o treinador, a SAD por estar calada, mas estamos a cometer um grave erro ao olhar para a árvore esquecendo a floresta: o declínio do Porto nas esferas do poder!
Aqui há uns tempos no Estoril, o jovem presidente da AF Lisboa, desafiou Pinto da Costa dizendo-lhe na cara que o Porto estava com os dias contados, mais coisa menos coisa. A AFL iria se tornar numa força aglutinadora dos clubes por si representados para derrubar a hegemonia nortenha. E o que é certo é que isso de facto aconteceu.
Aconteceu, porque adormecemos á sombra da bananeira. Aconteceu porque os dirigentes envelheceram, não evoluíram, pensando que tudo seria sempre igual. Aconteceu, porque não foram dados ouvidos a quem nos acusou, julgou e condenou. Rimo-nos em vez de nos precaver!
Lourenço Pinto é coisa do passado. Uma personagem que navega atrás de Pinto da Costa, adulando-o babosamente, mantendo a AFP tal como ela era há 20 anos atrás! Sem carácter para defender intransigentemente os poderes da maior associação de futebol do país, Lourenço Pinto deixou cair o Salgueiros, o Boavista, e se o FC PORTO não caiu, foi porque somos ainda, e creio que seremos sempre, enormes! Lourenço Pinto calou-se e escondeu-se como um rato quando o apito dourado desabou sobre o Porto, como um furacão. Se com Adriano Pinto dávamos xitos, com Lourenço Pinto foi só somar pentes e pentes de derrotas, calúnias e afrontas.
A AFP perdeu-se na sua glória e majestade, devido a um sujeito que não quer governar. Apenas quer o cargo! A AFP perdeu o poder na arbitragem, na liderança, na estrutura da FPF, em suma, perdeu-se nos corredores do poder, e ainda não encontrou forma de se achar. Nem encontrará enquanto os velhos lá permanecerem agarrados ao cargo, olhando para a janela a ver chover, que se vier sol tanto se dá!
Como o nosso timoneiro que também ele já se deixou invadir pela inexorável força da idade que nos tolhe a energia e o pensamento, não é o FC PORTO sozinho que irá conseguir lutar contra um centralismo cada vez mais forte e pujante, mesmo que o FC PORTO arraste atrás de si indefectíveis sócios e adeptos. Que saudades de Adriano Pinto, Valentim Loureiro e… Pinto da Costa!
É urgente que a AFP torne a ser poderosa, a maior, e que faça jus á sua grande e magnifica história de 104 anos! Cabe aos clubes como o FC PORTO, Boavista, Leixões, Paços de Ferreira, Varzim, e tantos outros bem mais pequenos mas históricos trazer sangue novo, com ambição e carácter para reerguer a AFP ao lugar onde ela pertence e deve estar.
É triste, muito triste ver a Taça de Portugal sem um único clube da nossa associação, ao passo que a AFL está bem carregadinha deles.