Populares Mês

sábado, 29 de abril de 2017


Conhecedor do resultado do Benfica e por isso sem margem de manobra se quiser manter viva a chama e lutar pelo título até ao fim; também porque o segundo lugar ainda não está garantido e não é a mesma coisa ficar em segundo ou terceiro - a diferença é entrar directamente na fase de grupos da Champions ou ter disputar o play-off; o F.C.Porto tinha de conquistar os 3 pontos em Chaves, onde caiu na 4ª eliminatória da Taça de Portugal. Conseguiu, porque se fez mais uma vez, uma fraca primeira-parte, melhorou muito na segunda, foi claramente superior, venceu com toda a justiça e limpinho, limpinho, por dois golos de diferença, podia ter marcado mais um ou outro. Como o que não tem remédio, remediado está, não vale a pena olhar para trás e agora temos de vencer os três jogos que faltam e no final fazemos as contas.

Feita a introdução, o que dizer da primeira-parte do F.C.Porto?
Não se pode acusar acusar a equipa de falta de vontade, não, a equipa tem vontade, trabalha, mas é tudo sempre muito previsível, em esforço, muito curtinho. Frente a uma equipa recuada no seu meio-campo, para depois sair no contra-ataque, o F.C.Porto mantinha sempre muita gente atrás, com bola faltava dinâmica, criatividade, contundência, só há meia-hora os Dragões, por Soares, fizeram um remate enquadrado com a baliza, obrigaram António Filipe, guarda-redes do Chaves, a aplicar-se. Depois e até ao intervalo, apenas em dois livres de Rúben Neves o perigo voltou a rondar a baliza dos transmontanos, mas também aí António Filipe defendeu com maior ou menor dificuldade. E assim, não admira que no final dos 45 minutos iniciais o marcador assinalasse um nulo, resultado que se ajustava. Mais uma vez, F.C.Porto a fazer muito pouco para se colocar em vantagem, apesar de ter jogado a favor do vento.

Mantendo o mesmo onze, a equipa de Nuno Espírito Santo voltou para a segunda-parte com os mesmos defeitos da primeira. Mas rapidamente tudo mudou. Aos 6 minutos e após bela jogada de envolvimento, Otávio assistiu Diogo Jota e este atirou por cima. Iam decorridos 6 minutos, esse lance serviu de despertador, quase de imediato, remate de André André, defesa do guarda-redes flaviense para a frente e Tiquinho, sempre ele e sempre no sítio certo, abriu o activo. Em vantagem o conjunto de NES ficou mais sereno, mais confiante, começou a jogar melhor, apenas faltava aquele capacidade para no último terço ter mais olhos na baliza, eram demasiados toques, poucos remates.
Em desvantagem o Chaves mexeu, tentou arriscar, mas nunca esteve próximo de desfeitear Casillas. Respondeu Nuno, tirou Corona, meteu Óliver, com o espanhol a equipa do F.C.Porto conseguiu ter mais bola e circular melhor, aproveitou os espaços, chegou ao 2-0 por André André, até final, já com João Carlos Teixeira no lugar de Otavinho e Herrera no de André André, dominou, controlou, foi sempre superior, com mais killer instinct, podia ter aumentado a vantagem. Não aumentou, mas garantiu os três pontos, o objectivo fundamental foi conseguido.

Notas finais:
O cartão vermelho a Maxi Pereira é correcto, o lateral uruguaio que fez um excelente jogo, não tinha necessidade de uma entrada daqueles a 1 minuto do fim. Ponto. Mas porque não agiu assim Xistra no jogo entre Benfica e F.C.Porto? Porque Samaris naquela entrada sobre Alex Telles, não veio para a rua? Porque entradas iguais em que as vítimas são jogadores de azul e branco, não são analisadas e punidas da mesma maneira? Pois, é muito fácil marcar penálties contra os Dragões, difícil é marcar a favor; é muito fácil expulsar jogadores do .F.C.Porto, expulsar adversários... aí já é outra coisa, o vermelho fica no bolso.

Depois de ver a exibição que fez hoje Otávio - André André também esteve muito bem, Rúben depois de tanto tempo sem jogar cumpriu -, das melhorias que trouxe na segunda-parte do jogo do passado domingo frente ao Feirense, apetecia-me aprofundar o tema, mas como disse, olhemos para a frente...

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset