Espero e, acredito, esperam todos os portistas, que o chamado caso dos e-mails vá até às últimas consequências, doa a quem doer. Mas, independentemente desse desejo, para além do mérito que já teve de trazer à luz do dia um polvo gigantesco e que estende os tentáculos por todos os lados, dentro e fora do futebol, mostrou também o nível e o carácter de alguns cartilhados, gente com responsabilidade na sociedade portuguesa e que se presta a fazer um triste e vergonhoso papel. Para além disso ainda teve o mérito de colocar a nu as fragilidades da famosa estrutura do clube do regime. Parecem baratas tontas.

Ver o comportamento de alguns que têm responsabilidades no Benfica, como por exemplo José Nuno Martins, director do jornal do clube do regime e comentador da BTV, fazer graçolas com a qualidade do Mónaco, campeão francês e semi-finalista da Champions League 2016/2017, após o seu clube levar cinco frente aos suiços do Basileia, mais que achar ridículo e surreal, mais que os sinais evidentes de desorientação, dá pena, mete dó.
Que o Benfica é o maior clube português, é, mas a grandeza do Benfica, como já disse, repito e sublinho, é claramente extrapolada por uma comunicação social sem rigor, isenção, ética e deontologia, engajada e submissa. Tivessem aqueles sempre tão atentos, rápidos, determinados e corajosos a atacar e apontar o dedo ao F.C.Porto, um terço da mesma atenção, rapidez, determinação e coragem a atacar e apontar o Benfica, não tenho dúvidas, o futebol português estaria muito melhor. Mas para isso Portugal nessa área tinha de ter mais Homens e menos homitos, macacos e macaquitos.

A propósito de mais um comunicado selectivo do clube do regime:
Eles são grandes, tetra e querem ser penta? OK. Quem somos nós, pequenos e que já fomos mais vezes do que eles tetra e até já fomos penta, para os contrariar? Falamos, claro que falamos no Sporting - F.C.Porto, mas cada coisa a seu tempo... não somos cartilhados!

É verdade, não ganhamos nada há quatro anos. Assumimos o óbvio, por falta de hábito, estamos tristes e a fazer pela vida para voltar a ganhar. Mas, convenhamos, se queremos muito ganhar cá dentro, ainda não perdemos a ilusão de voltar a ganhar lá fora. Apesar de termos um respaldo no que toca a ganhar lá fora que nos dá alguma tranquilidade. Ao fim e ao cabo, vencemos a cores e entre vitórias a cores e a preto e branco, vitórias no Século XXI e nos anos sessenta do Século XX, convenhamos, há uma diferença muito grande.

Sim, têm razão, na televisão do F.C.Porto fala-se do Benfica. Lamentamos, porque como todos sabem, na BTV nunca falam do F.C.Porto, mas como não temos grandes artistas da rádio tv e disco e da cassete pirata, faltam-nos entertainers como um Máximo, um Malheiro, um Colaço, um Martins ou um Antunes, temos de falar de coisas sérias. Apesar de alguns exageros próprios de alguma juventude que ainda não percebeu o que é o F.C.Porto e pensa que está nas redes sociais.