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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018


- Senhor presidente do F.C.Porto, clube  e SAD, dirijo-me ao senhor para o seguinte:
A Bola não é um jornal sério, isento, equilibrado, equidistante. Não, é um jornal desonesto, faccioso, sectário, é um antro de prostituição jornalística, com uma prática de denegrir, provocar e achincalhar o F.C.Porto é uma constante. O senhor até poderá pensar que estou a exagerar, é a minha paixão pelo F.C.Porto que não me deixa pensar e raciocinar como deve ser ou até, no limite, que vivo obcecado com A Bola. Imagino o senhor a dizer, não ligues, eles sempre foram assim. É verdade, confirmo, eles sempre foram assim - embora nunca naquele antro se fizesse tanto a apologia do nacional benfiquismo bafiento e mal cheiroso, como se faz agora -, mas a diferença, senhor presidente, está em nós, nós não éramos assim tão permissivos, tão abertos, tão generosos a recebê-los, como somos agora.
Seria fastidioso estar aqui a maçá-lo com muitos exemplos e portanto, não vou fazê-lo, vou deixar-lhe alguns, poucos, sendo que o primeiro tem a ver com os acontecimentos da última segunda-feira no Estoril.

Senhor presidente, o senhor esteve lá, viu como mesmo em circunstâncias difíceis e de grande tensão, o comportamentos dos adeptos do F.C.Porto foi exemplar. Tanto que mereceu os justos elogios das entidades oficiais ligadas ao jogo e também do F.C.Porto, que em comunicado oficial a isso fez referência. Pois a Bola preferiu dar mais destaque a um ou outro comportamento desviante, que se lamenta, mas que foram apenas as excepções que confirmam a regra, que destacar os espectos positivos e eles foram tantos.
Também e ainda a propósito, senhor presidente, o F.C.Porto quando diz "Independentemente dos processos administrativos em curso sob a égide da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, o FC Porto tomará todas as medidas que os regulamentos em vigor permitem, com o objetivo de salvaguardar todos os seus interesses desportivos, bem como dos seus sócios e adeptos.", está a fazer aquilo que deve, a pugnar pelo cumprimento da lei, para que os seus direitos e os dos seus adeptos sejam salvaguardados, infractor não seja beneficiado. Não temos medo de jogar os 45 minutos que faltam do jogo do Estoril, mesmo que as circunstâncias estejam contra nós e virar um resultado negativo ao intervalo não é nada que seja impossível ou que nunca tenhamos conseguido - na jornada anterior também estávamos a perder ao intervalo frente ao Vitória e sabemos o que aconteceu... Não estamos a perder a 5 minutos do fim... Mas a Bola que no passado exultou e disso deu conta em destaque de capa, com a possibilidade do F.C.Porto perder na secretaria a possibilidade de disputar as meias-finais da Taça da Liga, agora está chocada, atira e destaca que o F.C.Porto quer ganhar na secretaria.

Senhor presidente, o panfleto de que tenho estado a falar e ficam aqui alguns exemplos para dar ênfase à minha teoria, agora, anda muito defensor dos árbitros e da arbitragem, até contratou um pedagogo - há quem lhe chame padre - para o efeito. Mas embora goste muito de queijo, como ainda tenho boa memória, lembro-me bem do que acontecia no passado - e continua no presente -, quando os árbitros apitavam contra a chamada agremiação ou quando se enganam contra o F.C.Porto. É só descobrir as diferenças, mas elas são notórias.

Para terminar e depois dizer onde quero chegar..
Senhor presidente, a nova preocupação da direcção da Bola, agora são os directores de comunicação e informação dos clubes, mas sabemos bem quem os preocupa e porquê. E nesta matéria, mais uma vez fica à vista a forma desonesta e despudorada como eles na queimada tratam do assunto. Agora, todo este tenebroso e escabroso caso dos e-mails, não passa de uma manobra de diversão para desviar atenções de quatro anos de seca de títulos ou porque o F.C.Porto está sob a alçada da UEFA, assim o futebol português vai para o abismo. É preciso acabar com este clima de ódio e esta rivalidade doentia. Já quando era o ex-director de comunicação do Benfica, João Gabriel a clamar, por exemplo, o título do F.C.Porto é um tributo dos árbitros; não precisamos de mudar de treinador, precisamos é de mudar de árbitros; ou a classificação está aldrabada pelos árbitros, aí, não só não criticavam e condenavam esta postura, como a destacavam em capa - mais uma vez as fotos ilustram e confirmam.
Portanto, senhor presidente, aqui chegado, pergunto-lhe:
Como é possível que este antro de podridão e prostituição jornalística e que tantos e tantos danos tem causado à Instituição F.C.Porto, aos seus dirigentes, treinadores, jogadores e adeptos, pelo menos, continue a frequentar as nossas conferências de imprensa de antevisão, a fazer perguntas ao nosso treinador e a ter respostas?
 
Ontem à noite no Universo Porto - da Bancada, entre outras coisas, foram mostrados e-mails de negócios entre o SLB e vários clubes, negócios esses que mostram a fragilidade e a dependência financeira que esses clubes têm em relação ao clube do regime, com o que isso significa em relação à verdade desportiva. Se disser que um dos parceiros que negoceia com o SLB, é o C.F os Belenenses, SAD, mesmo quem estiver distraído fica logo a perceber tudo. Lamentavelmente, a SAD do Belém, cujo presidente é o Dragão de Ouro, Rui Pedro Soares, é o exemplo mais paradigmático.
Mas gostaria de abordar esta questão, indo mais longe, até à questão da negociação dos direitos televisivos. Lembramo-nos todos que uma das promessas de Pedro Proença quando chegou à presidência da direcção da LPFP, era de centralizar os direitos televisivos e com isso permitir maior equilíbrio na repartição do bolo, evitar a disparidade que acontece agora, em que o clube que recebe mais, recebe mais de dez vezes do que recebe o clube que recebe menos. Com isso evitava-se que o fosso fosse tão grande, terminasse grande parte da dependência de uns clubes em relação a outros, a competitividade aumentasse - com o que tudo isso significaria para a melhoria do campeonato e para aqueles clubes que competem nas provas europeias -, havia certamente uma maior transparência, menor sujeição ao aparecimento de alguns artistas que aparecem e desaparecem, muitas vezes deixando clubes e SAD's em situações dramáticas, melhores salários e pagos a tempo e horas, logo menor tentação por jogos duplos, mais verdade desportiva.
Pois é, mas quem foi o grande responsável por esta situação? O mesmo de sempre, o SLB. Primeiro, pela arrogância e prepotência do mais maior, melhor grande clube do universo, o tal que está 10 anos à frente da concorrência. O Benfica é o futebol português, os outros todos têm de se curvar, estender a passadeira, prestar vassalagem. Segundo, porque sem centralização, continua a dependência de alguns e ao Benfica interessa-lhe isso. Há quem diga que são mais de 30 pontos garantidos logo à partida. Limito-me a citar António Guterres e dizer: é só fazer as contas...
Isto não é conversa da treta, é factual e ver agora alguns artistas preocupados com estas disparidades e suas consequências, só não dá para rir porque o assunto é demasiado sério. Então não só não tiveram uma palavra contra  atitude do Benfica, como exaltaram o grande negócio, vangloriaram-se da grandeza da instituição, aproveitaram para diminuir Porto e Sporting - dizendo que nem metade iam conseguir, mas como se viu, conseguiram -, como não disseram nada sobre as desvantagens que esse negócio significava para um futebol português que se queria cada vez melhor e agora choram, hipocritamente, baba e ranho?
Vão pastar, freteiros sem pudor e vergonha na cara!

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