domingo, 11 de fevereiro de 2018
Sabendo que só a vitória lhe permitia manter a liderança isolada, sem três habituais titulares, Marcano, Danilo e Aboubakar e com alguns jogadores desgastados, Brahimi é o exemplo mais notório, Sérgio Conceição que também poupou Ricardo, fez alinhar de início: José Sá, Maxi, Felipe, Reyes e Alex Telles, Herrera e Sérgio Oliveira, Corona, Marega, Soares e Otávio e foi com estes que os Dragões foram à luta pela conquista dos três importantes pontos. Foram e foram muito bem. Fizeram uma excelente exibição - o colectivo potenciou algumas individualidades que até não têm sido das mais utilizadas -, deram um claríssimo sinal de força para a concorrência, golearam um adversário bom e com jogadores de qualidade - Matheus Pereira é um bom exemplo e bem melhor que Rúben Ribeiro -, recuperaram a liderança isolada.
Quando Herrera logo no segundo minuto obrigou o guarda-redes António Filipe a uma excelente defesa, estava dado o mote para o que se seguiria. Dinâmica, ritmo alto, boa circulação, saídas com critério, um Dragão à procura de fazer acontecer, não há espera que aconteça. Soares que antes já tinha ameaçado, aos 14 minutos, assistido por Sérgio Oliveira, adiantou o F.C.Porto, colocou justiça no marcador. Só que o Chaves que nunca foi uma equipa passiva, não acusou o toque, reagiu e uma precipitação de Diego Reyes, lento a soltar, apanhou a equipa descompensada, valeu Maxi a evitar o empate. O mesmo aconteceria pouco tempo depois, aí foi José Sá a evitar o golo do Chaves, com uma enorme defesa. Os portistas sentiram o perigo, perceberam que era preciso voltar exibir-se como nos primeiros 15 minutos, caso contrário corriam riscos de ser surpreendidos. Já mais equilibrados e sem conceder tantos espaços aos contra golpes flavienses, os azuis e brancos chegaram ao segundo, marcou novamente Tiquinho, após assistência de Maxi e passado pouco tempo o terceiro esteve próximo, quando Marega falhou por pouco.
Até ao intervalo não houve mais golos, mas o jogo estava bem disputado, repartido, F.C.Porto melhor e mais eficaz, Chaves sempre a procurar reagir e lutar para diminuir a desvantagem. Talvez a diferença mínima fosse o resultado mais justo quando as equipas foram para o descanso.
Na segunda-parte, com dois golos de vantagem e o Liverpool no pensamento, o F.C.Porto deixou o Chaves ter bola, mas nunca a equipa de Luís Castro foi tão ameaçadora como em alguns momentos da primeira. E quando Marega, iam decorridos 57 minutos, fez o terceiro, a história do jogo ficou decidida. Com uma vantagem confortável, Sérgio Conceição começou a gerir e a rodar, Waris substituiu o maliano, Óliver entrou para o lugar de Otávio, Ricardo para o de Corona. Apesar da superioridade no marcador, foram os azuis e brancos que estiveram mais próximo do golo. Soares enviou uma bola ao poste, Waris uma à barra, enquanto do lado contrário nunca mais houve uma oportunidade clara para reduzir distâncias. Numa jogada entre os dois médios portistas, Herrera e Sérgio Oliveira, o segundo fez o quarto golo,fechou a contagem.
Tudo somado, belo Porto, excelente réplica do Chaves, vitória que não sofre contestação do conjunto de Sérgio Conceição - está a fazer uma gestão notável dos recursos que tem ao seu dispor, sem as queixas que se vêem noutros lados, onde a falta de um jogador é apresentada como um grande drama e como desculpa esfarrapada -, embora o Chaves, pelo que fez em particular na primeira-parte, talvez não merecesse perder uma diferença tão grande.
Nota final:
Resolvido e ultrapassado o difícil obstáculo transmontano, concentremo-nos na Champions e no Liverpool, mas tendo sempre presente que o grande objectivo é o campeonato.