terça-feira, 13 de março de 2018
O que se passou no final do Paços de Ferreira - F.C.Porto, não foi bonito, mas só atingiu as dimensões conhecidas porque, como acontece sempre que os problemas envolvem o F.C.Porto ou a alguém a ele ligado, tudo é claramente extrapolado, como aconteceu depois do jogo e no dia de ontem, muitas vezes à custa de falsidades, falta de rigor, equilíbrio e, principalmente, de ética. Já quando é com o Benfica, aí tudo muda de figura, por mais mirabolante que seja o acontecimento, a tendência é sempre para minimizar, branquear, omitir, passar rapidamente à história - como exemplos de que é assim, posso recordar o comportamento de Jorge Jesus para com Manuel Machado; Jesus envolvido com jogadores do Nacional e do Marítimo e até com um polícia em Guimarães; sem esquecer o comportamento de Jesus e parte da estrutura do futebol benfiquista, quando Luisão deu um empurrão a um árbitro na Alemanha. Como podia lembrar que Rui Vitória, esse anjinho e sonso, se recusou a cumprimentar Augusto Inácio após um Moreirense - Benfica e as vezes que entra pelo campo dentro para ir pedir satisfações aos árbitros. Soube há poucos dias que dizer a um árbitro, após uma derrota, pronto já conseguiste o que querias, não foi grave para o TAD, orgão a que o SLB recorreu depois do castigo que Vitória apanhou. Adiante.
Sérgio Conceição que não gosta de perder nem a feijões e após uma derrota num jogo cheio de vicissitudes, estava de cabeça quente, não cumprimentou João Henrique, treinador do Paços de Ferreira. Alguns moralistas logo apontaram lhe o dedo. Mas mesmo que muitos sejam apenas moralistas de pacotilha, selectivos e que em situações semelhantes tenham ficado quietinhos, daí não vem grande mal ao mundo, as atitudes ficam com quem as pratica. Só que houve quem tivesse ultrapassado todos os limites, tenha tido um comportamento absolutamente miserável, inqualificável e que devia merecer por parte do F.C.Porto uma tomada de posição de veemente repúdio.
Estou a referir-me a um pseudo-jornalista chamado José Pedro Pinto e que na Bola-Branca, programa de informação desportiva da Rádio Renascença, ontem às 12:45, disse isto:
«A mão estendida de João Henriques e possivelmente algo mais... está na ordem do dia. Mas há quem acredite que para lá de eventuais palavras menos próprias do treinador do F.C.Porto, houve algo mais.» E depois quem foi ele ouvir, quem era que achava que houve algo mais? Nem mais nem menos que José Manuel Antunes, adepto do Benfica, ex-vice de Vale e Azevedo, actualmente comentador da BTV , conhecido por mentir compulsivamente e descaradamente, inventar listas falsas para denegrir o F.C.Porto, um dos mais primários anti-portistas. Isto é jornalismo? Não, mas como Marcelo Rebelo de Sousa, há pouco tempo atrás, promulgou uma lei do Parlamento que alterou o código penal, passou a equiparar para efeitos de ilícitos penais, os jornalistas, a orgãos de soberania, magistrados, forças de segurança e árbitros, por exemplo, agravando a moldura penal para o crime de coação, ameaças, difamação ou injúria, temos de comer e calar. Por mais que nos apeteça chamar rato de esgoto, jornalista de sarjeta, freteiro, recadeiro ou cartilheiro, não podemos e assim só nos resta elogiar o rapaz.
- José Pedro Pinto, eh pá, és um génio, essa ideia de ir ouvir o José Manuel Antunes foi fantástica, estás a um nível muito elevado. A Bola-Branca está cada vez melhor, cada vez mais próxima do que se faz na comunicação da Cofina ou da TVI. Perante tanta qualidade, tanto jornalismo de alto nível, vida fácil e santa para o Sindicato dos Jornalistas e para a ERC e não queria estar na pele dos membros do CNID na hora de optar por quem vai receber o prémio da melhor informação desportiva do ano.
A forma como alguns cobardes, incapazes de apontar o dedo a quem devem, se encolhem, generalizam, juntam todos no mesmo saco, dão eco a assuntos que já estão mortos e enterrados, é definidora de carácter de certa gente que escreve e bitaita por aí.
Vouchers? E-mails? É-Toupeira? Ai e tal, assobiam para o lado e lá vêm os Apitos e a fuga para Vigo.
Ambos tiveram o seu tempo, estão enterrados, foram encerrados com o F.C.Porto e o seu presidente a serem totalmente ilibados nas duas justiças. Mas e pela última vez:
No caso dos Apitos, na justiça desportiva, tendo em atenção tudo aquilo que já sabíamos, mas ultimamente ainda ficamos a saber mais e melhor, acerca do protagonista, Ricardo Costa, até temos toda a legitimidade para dizer que no que toca ao F.C.Porto nunca deviam ter existido.
Na justiça cível, acima de qualquer suspeita, com juízes de toca negra e não encarnada, também absolvição total e em todas as instâncias. Sim, porque o Procurador Geral da República, na altura, Pinto Monteiro, não quis que nos faltasse nada, mandou que esgotassem todos os recursos.
Já no que toca à famosa e muito badalada fuga para Vigo - pensava que tinha sido para Santiago Compostela... - não foi uma fuga à justiça, como eles andam a repetir até à exaustão, foi uma fuga ao enxovalhamento, ao show mediático, à utilização e exibição de Jorge Nuno Pinto da Costa como troféu para deleite do voiarismo. O líder do F.C.Porto no dia que estava prevista a audiência com o juiz, apresentou-se, foi ouvido, tomou nota daquilo que estava indiciado, voltou para casa, que é como quem diz, para o Dragão.
Portanto, aqueles que no Benfica criaram o rídiculo gabinete de crise - vai uma aposta como aquilo vai ser um nado morto, exactamente como o programa do José Marinho criado para denunciar as malfeitorias do F.C.Porto, mas que mal nasceu morreu? - e que na comunicação social não falam de outra coisa - agora estou a dar um murro na mesa e a fazer cara de mau -, tenham cuidado, muito cuidado, porque se nós criarmos um gabinete de crise vocês vão passar mal...
Tudo que envolve a Operação E-Toupeira, por mais murros que o presidente do Benfica dê na mesa, é o maior escândalo do desporto português. Mas não é apenas um escândalo desportivo, é muito mais do que isso, estão em causa práticas que colocam em causa um dos principais alicerces do regime democrático. E Luís Filipe Vieira, numa declaração que foi da vitimização ridícula até à arrogância megalómana, bem pode ameaçar, que não nos vai calar. E não nos vai calar por todas as razões, mas principalmente porque todos nos lembramos bem das campanhas que o Benfica, mais os seus propagandistas, fizeram e continuam a fazer contra o F.C.Porto e o seu líder. Desde as provocações, ameaças e insultos na BTV, até ao miserável ataque que o Benfica, com muitas cumplicidades conhecidas, fez em 2008 contra o F.C.Porto, tentando ir à Champions pela porta do cavalo - Benfica que foi, repita-se até à exaustão, 4° classificado a 23 pontos do campeão -, passando pelas faltas constantes de respeito pelo sucesso portista, como foram as declarações, a classificação está aldrabada pelos árbitros, o título do F.C.Porto é um tributo dos árbitros, valeu tudo para enxovalhar e denegrir, ninguém se preocupa e preocupou com a marca, a competência e o profissionalismo de quem serviu e serve o F.C.Porto.
Um clube que tem tantos exemplos de comportamentos desviantes e que vão de agressões a árbitros, até assassinatos de adeptos, como é o Benfica sob a presidência de Vieira, não tem qualquer autoridade moral para criticar seja quem for, muito menos ameaçar e tentar condicionar os outros com métodos completamente surreais.
Mas no meio de todo este processo, há uma marca que é faz toda a diferença: nunca veremos Jorge Nuno Pinto da Costa a dizer, mesmo que a comunicação de Vieira na sala de imprensa tenha metido dó, foi o estrebuchar do morto.