quarta-feira, 4 de abril de 2018
No dia que o Dragão até à morte festeja o 11º aniversário, a tristeza e desilusão pela derrota em Belém abalou, mas não prostrou - um Dragão até pode quebrar, nunca pode nem deve torcer, deixar de acreditar, desistir -, algumas reflexões que considero importantes.
É verdade que no início da época as expectativas não eram elevadas, mas por mérito que deve ser creditado quase em exclusivo ao treinador, jogadores e ao apoio extraordinário e constante dos adeptos, também é verdade que as coisas mudaram, aos poucos todo o universo que torce pelo F.C.Porto começou a acreditar que sim, é possível fazer regressar o título ao Dragão. Essa possibilidade ainda mais se cimentou quando, apesar de tudo - o tudo são arbitragens e VAR completamente desequilibrados e em prejuízo do F.C.Porto -, já no último terço do campeonato a equipa de Sérgio Conceição conseguiu uma vantagem de cinco pontos. Ninguém deitou foguetes, embandeirou em arco, deu o título por garantido, colocou as faixas, mas a confiança e a crença aumentaram. E como em dois jogos essa vantagem esvaiu-se, de cinco de avanço passamos para um de atraso, se essa perda não provocasse mossa, um sentimento de tristeza, desilusão e frustração, significaria algo que nenhum portista deseja que aconteça: conformismo, acomodação, o mau hábito de aceitar, sem reagir, a derrota. O F.C.Porto, os portistas, não podem voltar aos tempos em que encaravam estas derrotas sem um forte sentimento de revolta, não pode voltar aos tempos que aceitava estas derrotas com um encolher de ombros, como quem diz, perdemos, paciência.
Se exigir demasiado, colocar a fasquia a um nível fora do alcance das possibilidades da equipa - por exemplo, já foi tempo em que o F.C.Porto podia lutar contra os melhores do futebol, mas agora não é. Assim, apesar dos números não corresponderem à diferença entre as equipas, ser eliminado pelo Liverpool tem de ser considerado no momento actual, como natural, nunca como um drama -, não é boa política, exigir que o F.C.Porto ultrapasse o Belenenses, num Restelo composto maioritariamente por portistas, num campo grande e com um relvado em boas condições, é perfeitamente legítimo, faz parte do ADN do que é ser Dragão.
É isso que os jogadores, em primeiro lugar, porque são eles que jogam, têm de ter sempre bem presente. Se são capazes de mostrar que são fortes, audazes, corajosos, porque que ninguém tenha dúvidas, isto agora não é apenas para quem quer, é só para quem pode. Acredito que nós podemos, mas a bola está do lado de lá.
Mas há alguém com um palmo de testa que não queira um futebol português mais sereno, tranquilo, saudável, com rivalidade, sim, mas mais respeito entre todos os intervenientes, com fair-play e desportivismo? Até pode haver, mas serão uma pequeníssima minoria. Como costumo dizer, não sou guerrilheiro, mercenário, não me alimento de guerras. Por isso, venha essa harmonia e essa paz. Mas como dizia já em 2010, aqui - prova que não reajo ao sabor das circunstâncias -, venha sempre, de forma estrutural e não conjuntural. Isto é, quando é o Benfica que está na berlinda, ai que não pode ser, ai que isto caminha para o abismo, ai que nunca se viu nada igual, é preciso acabar com este clima de ódio. Quando são os outros, em particular o F.C.Porto, não só se manda a paz às malvas, como se promove e alimenta a guerra e o clima de ódio.
Se há um Orgão de Comunicação Social onde mais se pratica o olhem para o que digo, não olhem para o que faço, onde mais se prega a moral e os bons costumes e mais se pisa uma coisa e outra, sempre ao sabor dos interesses do Benfica, é o chiqueiro, antro, pasquim, panfleto, o que quiserem, da queimada - não é o único, ultimamente, via José Eduardo Moniz, a TVI e a TVI 24 estão ao mesmo nível. Podia dar centenas de exemplos - quem frequenta o tasco sabe que não estou a exagerar -, mas vou abordar apenas três assuntos: o sempre escaldante tema das arbitragens; as relações entre clubes, incluindo os discursos belicistas dos líderes; e a política de comunicação, directores de comunicação incluídos.
Arbitragem:
As fotos que acompanham o post, mostram bem como são tratados no antro da queimada, os árbitros quando se portam mal com o Benfica. Já quando a vítima é o F.C.Porto, aí as coisas mudam de figura, não se passa nada. Alguém se lembra de alguma vez aquele pasquim ter feito algo de semelhante quando os prejuízos dos Dragões foram grandes? Aliás, esta época e no F.C.Porto - Benfica, o chiqueiro já teve oportunidade de fazer capas semelhantes, mas aí como são uns cobardes ao serviço do clube do regime, encolheram-se, claro. Alguém tem dúvidas, atendendo à prática daquele chiqueiro, que aquele escândalo sem paralelo nos erros dos árbitros esta época, teria dado para semanas de falatório, quiçá, em caso do F.C.Porto conquistar o título, apontado como o escândalo que tinha marcado o campeonato?
Recordo que estas capas são da época 2010/2011, temporada de grande superioridade portista, com três humilhações históricas ao SLB. Os 5-0 no Dragão; a cambalhota - FCP 0 - SLB 2 versus SLB 1- FCP 3 - na Taça de Portugal, quando eles saíram do Dragão a gritar que já estavam no Jamor; e a suprema das humilhações, título conquistado e festejado na Luz apagada e sistema de rega ligado. Até dou de barato a Supertaça, vitória portista por 2-0.
Após a derrota do Sporting em Braga, disse o freteiro com um grande calo no cu como o macaco, Delgado: "sempre que o Sporting se coliga com o F.C.Porto, dá-se à causa, desgasta-se, consome energias numa parceria de benefícios únicos, e no fim do dia vê-se usado e abusado por um compagnon de route com outro andamento, perspectiva e até malícia."
Portanto, concluo eu, o F.C.Porto continua a ser tratado como o lobo mau que come a criancinha ingénua e parvinha, chamada Sporting, ao pequeno almoço, manipula-a a seu belo prazer, género, o freteiro Delgado faz com a marioneta chamada Vítor Serpa.
Será que o biltre, depois da derrota do F.C.Porto em Belém, vai dizer o mesmo, que a "coligação" Porto e Sporting está a fazer mal aos Dragões, que os Dragões estão a absorver a cultura perdedora dos leões? Obviamente, isto é cartilha, se nos recordarmos, foi o que disse Vieira há pouco tempo, na BTV. Mas também é ridículo e patético - como se o Sporting não ganhar o campeonato isso possa ser imputado ao facto de ter boas relações com o F.C.Porto! Claro que não e como o chiqueiro onde o freteiro é director adjunto, como se pode ver na capa ao lado, até já patrocinou alianças entre Benfica e Sporting, está mais que visto o que quer o biltre com calo no cu como o macaco: meter veneno, confundir, dividir.
É mais um bom exemplo da política que se pratica na queimada. É este o contributo que o antro da queimada dá para a paz no futebol, para acabar com o clima de ódio.
Mas mais. No sábado passado, Dias Ferreira, no seu artigo - clicar sobre a imagem da direita - juntou mais alguns exemplos que provam que no panfleto da queimada a coragem para apontar o dedo ao F.C.Porto, principalmente, mas também ao Sporting, é sempre muito maior que quando se trata de apontar o dedo ao Benfica. E para além disso, a forma "muito simpática e o nível elevadíssimo" como foi tratado por Vieira - um carroceiro é sempre um carroceiro, mesmo quando leva um fato de milhares de euros ao Parlamento -, junta um dado curioso, denuncia como eles na queimada tornaram públicos documentos sigilosos que apenas diziam respeitos às partes.
Aproveito e acrescento ao artigo de Dias Ferreira, duas frases célebres do anjinho Vieira, no caso sobre o presidente Pinto da Costa:
«É o estrebuchar do morto».
«Um ladrão não deixa de ser ladrão por ir ao Papa.» Lindo e significativo.
Política de comunicação, directores de comunicação, incluídos:
Quem foi o primeiro director de comunicação a ter grande protagonismo, a agitar as águas, a provocar, insultar, denegrir os rivais? De onde partiu o mais violento ataque contra árbitros e arbitragem na última década? Pois, do director de comunicação do Benfica, João Gabriel. Onde encontrou ele espaço para fazer isso e quem destacou em capa esse ataque? Pois, no chiqueiral da queimada.
Qual foi o canal de clube onde valia tudo para achincalhar dirigentes dos rivais - não liguem a Pinto da Costa, ele tem aquela cabeça cheia de Viagra, disse alguém cujo o nível está à vista, na televisão do SLB -, até fazer apelos às armas, desejar a morte a um presidente? Não preciso de dizer, pois não?
Quem foi o clube que criou uma cartilha para comentadores, não para informar, ajudar a clarificar, mas para insultar, confundir, perturbar, criar ruído? E que dizem de alguns dos cartilheiros serem políticos, alguns que até foram ministros? Também não preciso de dizer, pois não?
Quem criou um twitter personalizado, com linha directa a alguns chiqueiros, com o da queimada sempre na vanguarda, apenas para insultar - "F.C.Porto é uma escola do crime" -, perseguir e colocar em causa profissionais - "Felipe vale tudo"? Já todos sabemos...
Concluindo:
Estamos conversados sobre a política editorial e moralismos, praticados no chiqueiro da queimada, mas APAF, FPF, LPFP, SEJD, IPDJ, COP, etc., por andavam vocês quando isto acontecia? Por mais que tentem, vamos sempre dar ao mesmo, à primeira razão do problema: S.L.Benfica!
Podem fazer todos debates, podem aprovar todas as leis, mesmo as mais repressivas, enquanto não acabar este nacional-benfiquismo bafiento e que tanto mal faz ao desporto português, futebol em particular, este clima não vai mudar. Mesmo que soltem os cães.
Última hora:
Danilo rompeu parcialmente o tendão de Aquiles. É uma lesão gravíssima, época terminada, adeus ao mundial.Muita força, Danilo, estamos contigo nesta hora difícil.