segunda-feira, 9 de setembro de 2019
A centralização dos direitos televisivos esteve em discussão na Soccerex e foi considerada fundamental para o equilíbrio do futebol português.
É extraordinário que este tema seja recorrente, mas ninguém tenha a coragem de afirmar, preto no branco, de quem foi a culpa desta medida considerada estrutural e fundamental, não ter sido colocada em prática quando fazia parte do programa com que Pedro Proença se candidatou e chegou à presidência da Liga e tinha o apoio da esmagadora parte dos clubes. A culpa foi do Benfica! E é espantoso que aqueles que não só não criticaram, como exultaram quando do acordo conseguido pelo SLB, com NOS, acordo que significou a morte da centralização dos direitos televisivos, agora venham derramar lágrimas de crocodilo, como se alguém acreditasse que estão verdadeiramente preocupados com os interesses do futebol português. Não, alguns, como é o caso do freteiro com calo no cu como o macaco e vaquinha do SLB, José Manuel Delgado, não quer um futebol português mais equilibrado, justo e competitivo, apenas está preocupado com os interesses do Benfica. Como se a estratégia do SLB não assentasse em clubes com grandes dificuldades, logo subservientes e muito dependentes, a quem o clube do regime ora vai emprestando, ora vai comprando e recomprando, de forma que dependência desses clubes esteja sempre presente. O Vitória F.C. é o melhor exemplo daquilo que só não vê quem não quer. Como se isso fosse pouco, esse fenómeno do Entroncamento, essa originalidade vergonhosamente tuga, do SLB transmitir os jogos em casa no seu canal de televisão, é mais um escândalo que passa pelas pingos da chuva dos moralistas de pacotilha.
Só quem for muito crente e não perceber o que move alguns artistas da comunicação social portuguesa, é que acredita que estão interessados num futebol português melhor. Não. Desde que a vida corra bem ao clube do regime, tudo está bem neste cantinho à beira-mar plantado.
Obviamente, há outras entidades que também têm grandes responsabilidades, governo e FPF, por exemplo.
O comentador de arbitragem do jornal O Jogo, Jorge Coroado, tem um grande e inchado ego. Como tal, acha que as análises que faz são lei, não admitem discussões nem críticas. Viu-se isso no seu artigo de ontem no citado jornal - clicar na foto do lado. Para além da graçola de péssimo gosto com que mimoseia Francisco J. Marques, Coroado acha que a análise que fez sobre o lance entre Tapsoba e Marega no última F.C.Porto vs Vitória S.C. é correcta, até mereceu consenso entre os membros do painel. E depois com a arrogância de quem não admite ser contrariado, afirma que foi Marega, desequilibrado, que flectiu para a esquerda, perdeu apoio, caiu e coloca ponto final no assunto, com um, foi isto! Não e não, não foi nada disso. Deixando de lado a cor do cartão, que a falta foi evidente, foi, quer Coroado aziado e de ego inchado queira ou não.
PS - Quando alguém com telhados de vidro que não resistem a um pequenino caroço de azeitona, faz figura de estadista...