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quinta-feira, 3 de outubro de 2019


Frente a um Feyenoord durinho e que parecia ir  apenas ficar na expectativa, dar a iniciativa ao F.C.Porto e aproveitar os espaços para contra-atacar, os portistas que tiveram Manafá no lugar de Corona, em relação à equipa que iniciou o jogo em Vila do Conde - os outros foram Marchesín, Pepe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Uribe, Otávio e Nakajima, Marega e Zé Luís -, até começaram por cima e a prometer - Nakajima teve o golo nos pés -, mas foi sol de pouca dura. Rapidamente os holandeses apoiados por um público vibrante, perceberam que do outro lado não estava nenhum papão, não se limitaram a ficar atrás, equilibraram, passaram a sair com propósito, chegaram várias vezes ao último terço do campo, criaram alguns lances de perigo, mas sem nenhuma consequência, o intervalo chegou com o nulo no marcador.
Foi uma 1ª parte cinzenta de um Dragão pouco esclarecido e sem dinâmica, desligado, lento a pensar e executar, principalmente nos dois médios centro, um Dragão incapaz de se impor e superiorizar e que só foi perigoso em lances de bola parada.
Resultado ao intervalo aceitava-se, mas quem viu o início do jogo por parte do F.C.Porto certamente esperava mais...

Depois de uma 1ª parte não muito bem conseguida, esperava-se um Porto melhor na etapa complementar.
Pois, mas logo no início um erro que já não se usa nem nos distritais de quase toda a defesa, com excepção do guarda-redes, permitiu à equipa orientada por Jaap Stam chegar à vantagem.  Vantagem que só não aumentou passado poucos minutos porque Marchesín fez uma grandíssima defesa. Depois do milagre do seu guarda-redes, o F.C.Porto reagiu, em mais um lance de bola parada bem delineado esteve perto do empate, Otávio à barra. E se os Dragões ameaçavam a resposta dos holandeses não se fez esperar e por duas vezes estiveram perto de aumentar a vantagem. Na reacção portista Marega aos 68 minutos falhou incrivelmente aquele que era o golo do empate, aos 73 naquela que foi uma das poucas jogadas com alguma qualidade do ataque do F.C.Porto, Luis Díaz - 53 minutos tinha substituído Nakajima. Mais tarde, minuto 62 Zé Luís deu o lugar a Soares e aos 81 minutos Danilo o lugar a Fábio Silva - atirou a barra.
Quem não marca sujeita-se a sofrer e mais uma vez um erro inacreditável permitiu ao Feyenoord chegar ao 2-0 (*)
Até final o F.C.Porto ainda tentou, mas falhou golos feitos - Soares com tudo para marcar não fez aquilo que parecia ser o mais fácil -, perdeu.

Notas finais:
O resultado penaliza demasiado o F.C.Porto, mas quem oferece golos e falha golos cantados, só pode queixar-se de si próprio. Mas se a equipa lutou até ao fim, é preciso mais qualidade de jogo.
As coisas não saem com naturalidade, o jogo não flui e então se há pouco espaço tudo fica mais complicado, as soluções não aparecem, o F.C.Porto quase só cria perigo em lances de bola parada.
Os sinais estavam à vista, eram óbvios, mas como se ia ganhando... pena que quem devia olhar para eles não o tenha feito.

2º golo dos holandeses até me apetece dizer que teve a assinatura de Danilo. Não que o capitão do F.C.Porto tenha feito auto-golo, mas porque teve um comportamento inaceitável e não foi por errar o passe. Não, foi porque ficou parado a gesticular e a reclamar, vá lá saber-se porquê, abriu uma auto-estrada por onde entrou o marcador do golo.
Mas Danilo não foi só isso. Não foi seis, não foi oito, não atacou, não defendeu, não foi rápido a executar, arrastou-se, não ajudou o jogo portista a fluir, foi sempre lento, trapalhão, pouco esclarecido. O capitão devia ter saído mais cedo. Aliás e isto pode ser polémico, mas para mim este Danilo neste momento não tem lugar na equipa do F.C.Porto. E foi já sem ele em campo e com Otávio no meio, que o F.C.Porto jogou melhor, conseguiu chegar rapidamente ao último terço, teve alguma qualidade de jogo.

Que fique claro, não é Danilo o pai da derrota. Sim, porque quando se oferece um golo como o primeiro do Feyenoord, se falham vários golos cantados, quando a exibição é medíocre, as culpas têm de ser distribuídas por todos os que estiveram na banheira de Roterdão - excepto os adeptos que têm sido incansáveis no apoio. Apesar da qualidade do futebol apresentado pelo F.C.Porto deixar muito, mas mesmo muito a desejar, estar lá sempre é algo que merece ser realçado. Eles mereciam muito mais -, mas fica uma opinião para futuro. Não pode haver filhos e enteados.

Nada está perdido, obviamente, mas é preciso jogar muito mais no futuro. Principalmente evitar dar estas abébias e não falhar golos cantados.
Depois do jogo da Luz, naquela que foi a melhor exibição da época e uma das poucas que escapou à vulgaridade, esperava-se que nesta altura o F.C.Porto já fosse uma equipa mais consistente, não fosse este carrossel de mais baixos que altos. Que esta longa paragem sirva para uma reflexão profunda, no reatamento dos jogos oficiais apareça um Dragão melhor e mais equilibrado na qualidade exibicional.

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