F.C.Porto 1 - Liverpool F.C. 5. Como se fosse pouco eles serem tão superiores colectiva e individualmente...
Sem Pepe que estava na equipa que ia iniciar a partida, mas que se ressentiu e foi substituído por Fábio Cardoso - os outros foram Diogo Costa, Corona, Marcano e Zaidu, Uribe, Sérgio Oliveira, Otávio e Luis Díaz, Toni Martínez e Taremi - Fábio Cardoso que nunca tinha sido utilizado em jogos oficiais e nos da pré-época, nos jogos mais complicados, Lille, Roma e Lyon, só tinha jogado 5 minutos, o F.C.Porto, com o jogo equilibrado e já sem Otávio que saiu lesionado ao minuto 14, ficou a perder num erro grosseiro de Diogo Costa - não agarrou uma bola fácil, defendeu para a frente - e de Zaidu - amorteceu para Salah marcar aos 18 minutos. Era o que mais se temia. Em vantagem o Liverpool ficou nas suas sete quintas, dominou à vontade, soube circular, aproveitar os espaços, obrigou os portistas a correr e sem capacidade para reagir. O conjunto de Sérgio Conceição não foi capaz de ter bola, sair a jogar, criar lances de perigo - a única jogada em condições dos azuis e brancos foi ao minuto 38, mas Luis Díaz passou a bola ao guarda-redes. Como corolário dessa superioridade e em mais um erro da defesa, Diogo Costa particularmente, já em cima do minuto 45, os ingleses aumentaram a contagem e pelo que foi o desenrolar da partida era justa ao intervalo.
Resumindo, sem precisar de fazer um grande jogo, pressionar muito, nem manter um ritmo alto e grande intensidade, a equipa de Klopp foi demais para tão pouco Porto.
Na 2ª parte e perder por 2-0, Sérgio Conceição tirou Toni Martínez, meteu Grujic - primeiro objectivo, impedir que as coisas piorassem, depois tentar equilibrar e marcar, entrar no jogo -, mas não se notaram os efeitos da substituição, o Liverpool continuou a ser muito superior, criou várias oportunidades, Diogo Costa evitou o 3-0. Já com Wendell e Vitinha no lugar de Zaidu e Uribe a partir do minuto 56 e para não variar, após mais um erro dos portistas - desta vez foi Sérgio Oliveira que perdeu uma bola fácil a meio-campo, equipa descompensada -, o 3-0 surgiria, golo de Salah, O F.C.Porto procurou manter-se vivo, saiu Sérgio Oliveira e entrou Pepê, Klopp tirou jogadores importantes, Salah e Mané, Taremi reduziu. E quando se pensava que os Dragões ainda podiam atrapalhar uma vitória que parecia tranquila dos reds, logo de sguida, mais um erro clamoroso de Diogo Costa, numa saída da baliza até meio do meio-campo, inacreditável, Firmino aumentou a contagem, o mesmo Firmino com alguma sorte à mistura e após um ressalto, fez o 5-1 final.
Concluindo: resultado que traduz a grande superioridade colectiva e individual do Liverpool, que não precisava de tantos erros primários e tantas abébias da equipa do F.C.Porto.
Notas finais:
Para conseguir um resultado positivo frente a um Liverpool muito melhor em todos os capítulos - nos últimos três jogos no Dragão o saldo é de três vitórias dos ingleses com 14 golos marcados e apenas 2 sofridos -, era preciso que o F.C.Porto fizesse uma exibição a roçar a perfeição, a isso juntasse uma pontinha de sorte. Era preciso uma equipa concentrada, organizada, compacta, matreira, a defender bem e pronta atacar, sim, mas com critério, tentando nunca perder o equilíbrio, nem dar espaços a um Liverpool exímio na transição ofensiva.
Não se viu nada disso e assim não admira que tenhamos assistido a mais um passeio dos ingleses no Dragão.
Como disse quando do sorteio, o grupo é dificílimo, para mim qualquer das equipas é superior ao F.C.Porto. O jogo de Madrid deixou a ideia que podia não ser bem assim, hoje caímos na real. Mas é verdade, não esperava um descalabro destes. A imagem que o F.C.Porto hoje transmitiu para a europa do futebol foi a de uma equipa muito fraca. E o F.C.Porto não é, nem pode ser, apenas isto.