Após a derrota em Braga, o F.C.Porto tinha frente ao Vizela, a oportunidade de voltar às vitórias, dar um passo quase decisivo para conquistar o título. Venceu com toda a justiça, apesar de ter sofrido mais do que devia, fica a um bocadinho assim de voltar a ser campeão - até pode acontecer amanhã se o Sporting não ganhar ao Gil Vicente.
Entrando com Diogo Costa, Pepê, Mbemba, Pepe e Zaidu, Grujic, Otávio, Vitinha e Fábio Vieira, Taremi e Evanilson, o conjunto de Sérgio Conceição entrou forte, dominador, pressionante, atacou bem pelas laterais, muita gente envolvida na manobra atacante, mas o golo não entrava nem as oportunidades eram muitas. Entrou quando o ritmo já começava a baixar. Pedro Silva, guarda-redes dos minhotos, facilitou - ele que fez uma excelente exibição e evitou vários golos, particularmente na 2ª parte -, Evanilson pressionou, ganhou abola e de ângulo difícil fez o primeiro do F.C.Porto. Ainda antes da meia-hora, penálti após consulta ao VAR, Taremi aumentou a contagem, tudo parecia fácil. Mas não era. Vizela subiu linhas, com a complacência de vários jogadores do F.C.Porto que ficaram a ver e não pressionaram, Mendez com um excelente remate reduziu aos 36 minutos. Com Fábio Vieira incapaz de ter bola, Vitinha complicativo e Taremi desaparecido, até ao intervalo nada de mais relevante se passou para além de um amarelo bem mostrado a Grujic e dos espaços na direita da defesa do F.C.Porto, fruto de Pepê estar sempre balanceado para a frente e com dificuldades em recuperar.
Para a 2ª parte era preciso soltar mais rápido e melhor, pressionar e não facilitar. Grujic já amarelado deu o lugar a Matheus Uribe.
Só que logo no minuto 4, lado direito descompensado, N.Moreira rematou, a bola bateu em Mbemba, traiu Diogo Costa, Vizela surpreendentemente empata o jogo, num golo que foi analisado pelo VAR.
Era preciso reagir, Dragões reagiram, após mais uma consulta ao VAR, Manuel Mota validou o 3º golo do F.C.Porto, marcou Mbemba. Novamente em vantagem à passagem do minuto 57, pedia-se à equipa do F.C.Porto uma forma diferente de abordar o jogo, concentração, simplicidade de processos, sair para o ataque, mas de forma organizada, evitando mais surpresas. Quase de imediato Zaidu e Fábio Vieira deram o lugar a Wendell e Francisco Conceição - ao minuto 79 Evanilson saiu para a entrada de Galeno e já em cima dos 90 Eustaquio substituiu Vitinha -, os azuis e brancos melhoraram, podiam ter chegado ao golo da tranquilidade mais cedo, por algum demérito e por mérito do guarda-redes do Vizela, só chegaram ao minuto 87, após excelente jogada de Francisco Conceição e uma emenda oportuna de Taremi.
Concluindo, vitória sem discussão da melhor equipa, num jogo em que o F.C.Porto, por culpas próprias e virtudes alheias, um bom Vizela, sofreu mais do que pensava e o jogo começou por indiciar.