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terça-feira, 13 de setembro de 2022


Frente ao tricampeão belga, uma equipa que marcou presença nas últimas edições da Champions League e com alguns resultados interessantes, o F.C.Porto não esteve à altura do seu prestígio na prova rainha da UEFA, fez um jogo muito mau, foi goleado numa noite que, sinceramente, não sei se é para esquecer ou para recordar e nunca mais repetir. Mas...


Ao minuto 4, contra-ataque, Galeno com possibilidade de fazer bem, quiçá golo, rematou muito mal. Estava dado o mota para a 1ª parte do F.C.Porto e de Galeno.

Dragões com algumas dificuldades em sair a jogar, Diogo Costa fez uma má reposição, corte de um médio do Brugge, bola na frente entre Pepe e João Mário, onde apareceu um avançado que foi derrubado pelo segundo, penalti, golo do Brugge.

Portistas reagiram, pareciam despertar, Pepê sozinho na cara do guarda-redes falhou um golo cantado. Mas esse domínio foi por pouco tempo, rapidamente começou a faltar clarividência ao jogo dos azuis e brancos, mais qualidade a passar e a definir, contundência no último terço. Galeno, muito em jogo, só fazia asneiras, João Mário ia entregando o ouro ao bandido, batia-se com o companheiro para ver quem errava mais, Pepe entrou na onda com um par de passes longos para ninguém, na frente era um deserto. Não admira por isso que os belgas, sem serem nada de especial, beneficiaram de um conjunto de erros dos portistas e quase marcaram o segundo golo.


O intervalo chegou com o Brugge em vantagem, frente a um F.C.Porto, mal, muito aquém das expectativas.


Para a 2ª parte saíram João Mário e Evanilson - que se passa com o brasileiro? Nem parece o mesmo jogador -, entraram Namaso e Toni Martínez.

Mas logo no 1° minuto, um erro incrível da defesa portista e médios, golo do Brugge. Se estava difícil, mais difícil ficou. E como de seguida com uma grande facilidade o campeão belga fez o 3°... 

Sérgio Conceição tentou mudar, atenuar o descalabro, entraram Gonçalo Borges e Veron, saíram Otávio - ter de jogar com o luso-brasileiro, ainda claramente debilitado, diz tudo sobre as alternativas ao dispôr do treinador - e Galeno.

Em esforço, só com o coração, o F.C.Porto tentou reduzir a desvantagem, mas foi o Brugge a estar mais perto do golo. Ainda entrou Wendell para o lugar de Zaidu, e com o brasileiro a cruzar muito bem, Namaso obrigou o guarda-redes a aplicar-se. No mais, algumas decisões em que fazer bem era fácil, até isso não foi conseguido - um exemplo, Gonçalo Borges com Veron sozinho ao seu lado a pedir um passe simples, fez asneira, nem isso conseguiu fazer. Já perto dos 90, com a defesa a ver jogar, o poste evitou o 4°, mas logo a seguir ele chegou e a goleada avolumou-se, atingiu números de pesadelo.


Apetecia-me dizer muita coisa, mas vou apenas repetir aquilo que já tenho dito.

Sérgio Conceição até pode ter cometido vários erros e, obviamente, também ter culpas no cartório nesta noite de pesadelo, mas não, não culpo o treinador, culpo a administração com o presidente à cabeça. 

O F.C.Porto não tem um único jogador capaz de ter um lance de génio, desequilibrar, decidir.

Na Champions não há milagres, não se pode ser competitivo com plantéis que todos os anos são delapidados dos seus melhores jogadores, sem que os substitutos tenham qualidade semelhante.

O treinador tem feito um excelente trabalho, mas nem sempre chega ter vontade, determinação, atitude, carácter, é preciso qualidade e a qualidade não é muita neste plantel portista. 

E agora, conseguir chegar aos oitavos só com um milagre.

Cair, mesmo com estrondo e não ficar prostrado, é uma marca do F.C.Porto, também com Sérgio Conceição. Espero sinceramente que isso não se perca também.


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