No regresso da Champions League, para o F.C.Porto, era ganhar ou praticamente ficar sem possibilidade de chegar aos oitavos.
No entanto as melhorias não foram muitas, só próximo da meia-hora o F.C.Porto começou a dar um ar da sua graça, mas nada de especial. O Bayer sempre mais prático e mais objectivo no seu jogo, replicou com perigo, azuis e brancos só ao minuto 40, através de Uribe remataram enquadrado, ficaram perto do golo.
Estava o jogo assim até que num espaço de um minuto portistas foram da alegria - golo de Taremi -, à tristeza - golo invalidado pelo VAR e penálti de David Carmo -, para festejarem novamente - Diogo Costa defendeu. Mas é preciso assinalar que tudo começou numa perda de bola inadmissível no lado direito da defesa - João Mário? Bruno Costa? Uribe? Eustaquio?
Apesar de alguns jogadores do campeão português estarem absolutamente desastrados, perdendo bolas fáceis e originando contra-ataques que levavam perigo, o intervalo chegou com o nulo. Do mal o menos.
Era preciso muito mais na segunda-parte.
Com Otávio no lugar de Bruno Costa - não é má-vontade, é apenas a constatação que o F.C.Porto precisa de melhor e a este nível nem se fala -, F.C.Porto reiniciou o jogo mais pressionante, mais atrevido, mais no meio-campo adversário, mais perigoso.
Durou cerca de 20 minutos esse bom período dos portistas, depois os alemães reagiram, equilibraram.
À terceira foi de vez, aos 63 minutos saiu Wendell, lesionado, entrou Zaidu, saiu João Mário e entrou Galeno, Pepê recuou no terreno - e se já estava a jogar bem, ainda jogou melhor.
Num contra-ataque muito bem trabalhado desde trás, Zaidu de cabeça e após um excelente cruzamento de Taremi, adiantou o F.C.Porto. Não se podia considerar injusta a vantagem portista.
No minuto seguinte saiu Evanilson, entrou Toni Martínez.
Com a entrada de Galeno - que mais uma vez entrou bem - e em vantagem no marcador, os Dragões recuaram, fecharam, deram a iniciativa ao adversário, procuraram explorar os espaços. Para isso era fundamental manter a concentração, sair bem, não perder a bola, não cometer erros. Com o F.C.Porto a ameaçar, mas o Leverkusen sem desistir de lutar pelo empate, aos 83 saiu Uribe, entrou Grujic.
Novamente numa transição de excelência e após uma jogada magnífica, Taremi assistiu Galeno e este fez o segundo. A dois minutos, mais os descontos, do fim e com os alemães com menos um, expulsão indiscutível, F.C.Porto com tudo para somar os três pontos e entrar na luta pelo apuramento.
Otávio ainda falhou incrivelmente o terceiro, após mais uma bela jogada de ataque, jogo terminou sem mais nada de relevante a acrescentar.
Notas finais:
Como na Champions League não há almoços grátis e o importante é ganhar, o F.C.Porto ganhou, está tudo em aberto, tudo pode acontecer.
Depois de uma primeira-parte fraca, Dragões bem melhor na segunda, venceram com justiça um jogo muito difícil.
Os alemães, mesmo não estando bem na Bundesliga, mesmo não sendo um Bayern, ou o Dortmund, são uma equipa forte, com bons jogadores, difícil de bater.
Calma, ainda não é desta que ficamos a zero na Fase de Grupos...