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domingo, 29 de outubro de 2023



Depois de na quarta-feira ter feito uma exibição que teve duas partes bem distintas, na primeira um Porto muito fraco e na segunda um excelente Porto, no regresso ao campeonato frente ao Vizela, o conjunto de Sérgio Conceição de início com Diogo Costa, Sánchez, Pepe, David Carmo e João Mário, Francisco Conceição, Eustáquio, Varela e Pepê, Taremi e Evanilson, venceu com justiça, mas continuou bipolar. Bem na 1ª parte, mal na 2ª.

O jogo começou com os Dragões a dominar, mas apesar de ter muita bola, faltava mais clarividência e rapidez de execução, mais acerto na hora de assistir. Em cima dos 10 minutos, primeiro por Francisco Conceição e depois por Evanilson, o FCP ameaçou. Marcou aos 21 por Taremi de penálti, após um derrube claro a Evanilson.
A toada do jogo manteve-se como se mantém a incapacidade de fazer bem, principalmente por Pepê desastrado na hora de passar.
Aos 29 minutos o golo voltou a estar perto, bola no poste de Buntic.
Entretanto os minhotos só criaram perigo já depois da meia-hora e de canto, bola no poste do lado de for a da baliza de Diogo Costa.
Os portistas até recuperavam bem, saíam rápido, mas depois raramente decidiam da melhor forma.
O Vizela estava melhor, o FCP parecia ter perdido o élan, com espaço e possibilidade de criar perigo, só fazia asneiras. A Pepê juntou-se Taremi.
Aos 41 minutos Evanilson falhou escandalosamente a oportunidade de aumentar a vantagem.
O mesmo não aconteceu pouco depois com Eustáquio a fazer um grande trabalho e um grande golo.

Ao intervalo, os dois golos de vantagem da equipa de Sérgio Conceição eram justos. Mas com mais qualidade e assertividade em alguns lances até podia ter acontecido mais um ou outro golo.

Mantendo o mesmo onze, a segunda-parte começou com o Vizela a procurar reagir e o FCP com os mesmos defeitos da primeira.
Exemplo paradigmático, aos 50 minutos Francisco Conceição sozinho e em posse, com tudo para fazer bem e com vários colegas bem posicionados, passou ao adversário.
Era preciso aproveitar os espaços, matar o jogo.
Depois do Vizela ter passado toda a primeira-parte a bater em tudo que mexia, o 1° amarelo tinha de ser para um portista, David Carmo.
Aos 63 minutos David Carmo deu uma caixa monumental, Samu falhou inacreditavelmente.
Há jogadores assim... mesmo quando estão a cumprir, têm jogadas comprometedoras.
Depois começaram as displicências, o excesso de confiança, a bola deixou de circular bem, as jogadas bem construídas não saíam, o jogo arrastava-se.
Aos 75 minutos saíram David Carmo, Francisco Conceição e Evanilson, entraram Fábio Cardoso, André Franco e Toni Martínez.
Com o Vizela mais subido, a dar mais espaço, a incapacidade da equipa do FCP para aproveitar, fazer bem e marcar o golo da tranquilidade era desesperante. Tantas asneiras para uma equipa do nível do FCP.
Ao minuto 85 entraram Nico e Gonçalo Borges, Saíram Varela e Taremi.

O jogo terminou com a vitória, por 2-0, resultado construído na primeira-parte.
É uma vitória que não oferece discussão, mas se a primeira-parte foi boa, a segunda foi muito má. Nem o jogo a meio da semana justifica a pobreza da exibição dos portistas, que não conseguiram fazer uma única jogada com princípio, meio e fim, chegar à baliza em condições de finalizar.
Ainda não foi hoje que vimos uma exibição de encher o olho, e havia todas as condições para isso.

Os lances de bola parada continuam um desastre.


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