O jogo começou com uma displicência de Romário Baró num saída para o ataque que só não deu golo porque Cláudio Ramos fez uma excelente defesa.
De seguida foi Zé Pedro a asneirar e só a precipitação do avançado do Montalegre evitou que a baliza do FCP passasse por calafrios.
Só depois o conjunto de Sérgio Conceição levou algum perigo à baliza dos transmontanos. Logo depois foi André Franco a ameaçar. À terceira foi de vez, Namaso adiantou os portistas aos 13 minutos.
Aos 18, 2-0, marcou Evanilson, após uma bola divida em que Namaso levou vantagem e serviu o brasileiro. As coisas, naturalmente, simplificaram-se, o Montalegre acusou o golpe, deixou de incomodar, FCP só não fez o terceiro porque Namaso falhou clamorosamente o golo. Galeno logo de seguida também esteve perto de aumentar a vantagem. Aumentou aos 44 minutos, colocou o marcador num resultado que estava mais de acordo com o desenrolar da primeira-parte.
Com a eliminatória resolvida, Sérgio Conceição manteve o mesmo onze que logo no recomeço podia ter marcado, novamente por Evanilson.
Que voltou a ameaçar logo na jogada seguinte e não falhou por muito.
Sem forçar o portuenses estiveram sempre perto do quarto golo, valeu Bruno Pio, guarda-redes dos transmontanos.
Aos 59 minutos saíram Romário Baró, Evanildon e Galeno, entraram Nico González, Francisco Conceição e Fran Navarro.
A vantagem não demorou a aumentar, marcou o avançado espanhol ex-Gil Vicente.
Quase de seguida saiu João Mendes e entrou Gonçalo Borges.
O tempo foi passando, o Montalegre praticamente só defendia, o FCP ia criando, mas nem sempre definia bem, ia desperdiçando.
Alan Varela substituiu João Mário perto do minuto 80, Bruno Pio valeu a negar o golo do FCP, desta vez a Grujic.
Com o jogo a caminhar para o fim o jogo foi perdendo interesse, com a eliminatória mais que decidida os portistas iam complicando na hora de finalizar, ficaram a dever a si próprios e a uma excelente exibição do guarda-redes adversário mais alguns golos.
Resumindo, objectivo cumprido com toda a naturalidade, Dragões seguem para a ronda n° 5 da Taça de Portugal.
O dirigente do FCP e administrador financeiro da SAD, Fernando Gomes, deu ao jornal o Jogo a entrevista que podem ler em baixo e se a quiserem comentar, estão à vontade, dentro daquele espírito que é apanágio da minha página, com respeito, objectividade e da forma mais construtiva possível. As redes socais se bem utilizadas, somam, não dividem, no caso do FCP sempre foi essa a minha postura. Embora nos dias de hoje e para alguns, parece que os bons portistas são só aqueles que cantam o nome do presidente e dizem viva o Rei, longa via ao Rei.
No que toca à entrevista propriamente dita, importa dizer o seguinte:
Não senhor doutor Fernando Gomes, a instabilidade não foi de fora para dentro, através das redes sociais, a instabilidade foi provocada, principalmente, por quem deu claros sinais de desconforto quando apareceu a possibilidade de uma candidatura de André Vila-Boas, em vez de a encarar como um sinal de vitalidade, algo natural numa Instituição com a grandeza do FCP. A instabilidade foi provocada por quem resolveu fazer uma alteração estatutária com alguns temas polémicos a poucos meses das eleições e depois foi incapaz de organizar uma AG à altura das circunstâncias do momento. E isso não pode ser atribuído às redes sociais e a quem através delas se mobilizou para ir a uma AG importantíssima para o futuro do FCP.
Depois não pode haver redes socais boas, aquelas que dizem o que interessa a quem dirige, más quem critica, obviamente, dentro do espírito descrito em cima. E a propósito, o putativo candidato AVB, está a ser acusado de querer vender o clube/SAD aos árabes, mas afinal quem quer vender o quê e a quem?
Não discuto a bondade do negócio com a Legends - ao ler a entrevista fiquei baralhado se é com essa ou outa empresa que estamos a negociar -, nem acuso os actuais corpos sociais de venderem o clube/SAD, no caso parte da Porto Comercial, mas espero que sejam dadas explicações sobre um negócio que amarra o FCP a um contrato de longa duração. Espero que em nome de resolver um problema do momento, o dos capitais próprios negativos, não estejamos a criar problemas graves para o futuro.Também não critico os moldes do negócio da Academia, nesta caso só quero que ela avance rapidamente, é estrutural para o futuro do FCP. Já estamos atrasados mais de meia-dúzia de anos.