Porquê uma AG extraordinária para alterar estatutos, com alguns pontos polémicos a poucos meses das eleições?
Um caos organizativo. O FCP não pode ser isto, não pode permitir que uma AG tão importante para o futuro do clube seja uma bagunça total.
Estão fechados numa redoma, não se aperceberam dos movimentos, passou-lhes ao lado a mobilização dos sócios e que estes iam acorrer em massa à AG? Porque não resolver atempadamente, passar logo a AG para o pavilhão?
Descredibilização total da AG.
A teoria que o lugar próprio para falar é a AG, foi totalmente destruída.
Mas como disse no título, houve um clarão de esperança na noite negra de ontem. Os milhares de sócios que se deslocaram ao Dragão deram um enorme sinal de vitalidade, mostraram que o FCP é deles, são eles o seu maior capital, que o FCP é muitíssimo mais que um topo do Estádio.
Oxalá que quem de direito tenha percebido os sinais, desça do pedestal, faça tudo para que o FCP não passe por grandes turbulências, daquelas que deixam marcas profundas, causam prejuízos incalculáveis, só aproveitam aos que não querem o bem do FCP.
Última hora:
"Em causa a Assembleia Geral inicialmente agendada para dia 20
Após ter analisado cuidadosamente os lamentáveis e condenáveis acontecimentos ocorridos na Assembleia Geral Extraordinária da passada segunda-feira, o Conselho Superior do FC Porto decidiu o seguinte:
- A proposta de Estatutos discutida e aprovada nesta sede e remetida à referida Assembleia Geral é para este órgão boa e rigorosa, salvaguardando inteiramente os interesses do Clube e dos seus Associados.
- O condicionamento criado à já mencionada Assembleia Geral e o empolamento artificialmente criado pela comunicação social e redes sociais tiveram como resultado os lamentáveis incidentes a que assistimos, convertendo uma importante Assembleia num momento de primárias incendiadas.
Nesse sentido e por unanimidade, no superior interesse do Clube, decidiu este Conselho retirar a proposta de alteração dos Estatutos, contribuindo, desta forma, para apaziguar o divisionismo que se quer criar na família portista."
Como? A proposta é boa? Não há um assumir de responsabilidades e um pedido de desculpas por aquela página negra na história do FCP? Ficou tudo a dever-se ao condicionamento criado à AG, ao empolamento criado pela CS e pelas redes sociais?
Quem quer criar o divisionismo na família portista? Será alguém que com toda a legitimidade faz menção de se candidatar às eleições do próximo ano? Não deve ser isso encarado como um acto natural, próprio de um grande clube?
Sinceramente, pensei que iam tirar as devidas ilações do que se passou na última segunda-feira, fazer mea-culpa, garantir que nunca mais voltará a acontecer, mas talvez seja pedir demasiado...