segunda-feira, 18 de dezembro de 2023
Depois de uma excelente prestação e de mais uma qualificação para os oitavos-de-final da Champions League - o FCP é e de longe o clube português com melhores prestações na prova rainha da UEFA, a tal que é como o algodão...-, os Dragões tinham em Alvalade um teste difícil na luta pela liderança do campeonato.
Com Diogo Costa, João Mário, Pepe, Zé Pedro e Zaidu, Pepê, Eustaquio, Varela e Galeno, Taremi e Evanilson, o conjunto de Sérgio Conceição entrou a procurar dividir o jogo, conseguiu, mas sofreu um golo aos 12 minutos. Gyokeres teve sorte no ressalto, levou a melhor sobre Pepe e bateu Diogo Costa entre o guarda-redes e o poste.
O FCP acusou o golo, precipitou-se, Varela e o capitão amarelados. Estava difícil travar o sueco do Sporting.
O FCP não se encontrava, não criava perigo, perdia bolas fáceis, aproveitava a equipa da casa para contra-atacar.
Pedia-se aos Dragões, calma e que começassem a jogar à bola. Havia muito tempo para mudar o resultado.
Vários lances de bola parada já no último terço, mas nem assim a equipa portista ameaçava.
Já estávamos no minuto 40 quando os portuenses, através de Evanilson, remataram à baliza.
Em cima do intervalo, uma saída desastrada de Galeno, bola perdida, transição leonina, golo de Gyokeres. Valeu o VAR que viu e bem, uma falta clara sobre João Mário - como é possível os senhores que estavam a narrar e comentar o jogo, tivessem dúvidas sobre a irregularidade do lance?
Já com o tempo de descontos esgotados, FCP teve a única oportunidade da primeira-parte, Adan com uma excelente defesa evitou o golo de Galeno.
Ao intervalo, Sporting justamente na frente, portistas só acordaram quando o relógio marcava o minuto 40.
Para a etapa complementar era fundamental melhorar, pensar mais em jogar que reclamar, conseguir travar o principal perigo leonino e depois chegar na frente com critério, definindo e optando bem na hora da finalização.
Sérgio Conceição não fez alterações.
Era preciso cabeça, não ir para a frente à sorte, dar espaço para o contra-ataque do Sporting.
Pepe demasiado nervoso, foi na provocação do artista do costume, Matheus Reis, foi expulso. Enfim, surreal num jogador com tanta experiência. Um inacreditável tiro no pé.
Se já estava difícil... Diogo Costa evitou o segundo com uma grande defesa.
No FCP em vez de se trocar a bola, cada um jogava sozinho, andava com ela até a perder. Numa bola perdida, Catamo recuperou, meteu no espaço, contra-ataque que Gyokeres iniciou, Pote concluiu e fez segundo golo leonino.
Com Zaidu a central e sem noção do fora-de-jogo, o Sporting podia ter aumentado a contagem.
Marcou o FCP, por Evanilson, mas não contou, Taremi que fez a assistência estava adiantado.
Aos 73 minutos saíram João Mário e Zaidu, entraram Fábio Cardoso e Francisco Conceição.
Continuavam as bolas oferecidas ao Sporting, só não deram golo porque não calhou - Pepê era o paradigma, o melhor exemplo de quem passou o jogo todo a asneirar.
Aos 83 minutos entraram André Franco e Fran Navarro, saíram Eustaquio e Evanilson.
O espanhol sozinho, em vez de dominar, falhou o cabeceamento.
Mais uma asneira, Pepê nao saiu, Paulinho marcou o terceiro. O VAR analisou, o árbitro foi ver e marcou falta sobre Fran Navarro.
O jogo terminou com a vitória, sem discussão, do Sporting. O FCP só pode queixar-se de si próprio. Pelo que não jogou, pela incapacidade de travar Gyokeres e pela forma como entregou o ouro ao bandido na expulsão de Pepe.
Há jogadores que podem passar noventa mais noventa minutos a fazer asneiras que jogam sempre, já outros...
Espero, para bem do FCP, que em vez de se andar a encontrar bodes expiatórios, se faça o diagnóstico correcto, encontrem as terapias certas para dar a volta a isto. O campeonato está longe do fim, na 2ª volta recebemos Benfica e Sporting, temos penas três pontos de atraso, nada está perdido. Mas se preferirmos atirar contra tudo que mexe, não virmos os nossos erros e eles hoje forma muitos, não vamos lá.