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quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

 

Uma das coisas que aprendi com o presidente do FCP e que adoptei como lema, é: coitados daqueles que caindo, mesmo com grande estrondo, ficam prostrados, incapazes de se levantar e reagir. Inconformismo, não podemos perder e encolher os ombros, tipo, paciência, ganhamos para a próxima, como aconteceu com Carlos Resende no final do FCP - Sporting em andebol.

Também aprendi a ter uma cultura de exigência, obviamente, dentro dos limites do razoável, por isso digo que na Champions League não posso ter o mesmo critério de análise que tenho nas provas internas, particularmente nos jogos em que o FCP é francamente favorito.

Assim, o que verdadeiramente me preocupa é haver quem tenha um discurso que faz recuar a tempos muito distantes em que o FCP não ganhava nada e queixava-se muito. Espero que não estejamos a voltar a esses tempos. Não quero um FCP igual aos calimeros de Alvalade.

Por exemplo, quando ganhamos à rasca e no tempo de descontos ao Rio Ave e Farense, com muitas dificuldades e pela diferença mínima ao Portimonense - nem refiro o empate também no último suspiro frente ao Arouca -, critiquei as exibições, disse que tínhamos de melhorar muito, mas a conversa era, o que interessa é ganhar, quem quiser ópera que vá ao Coliseu, como se quem joga bem não esteja sempre mais perto de ganhar, como se alguém que tem um discurso de alerta, dizer que temos de melhorar caso contrário estamos sujeitos a ter grandes dissabores, estivesse a cometer uma crime de lesa FCP, apenas esteja disponível para a crítica fácil ou para fazer má-língua.

Não é esse o espírito, pelo contrário, é um discurso objectivo e construtivo.

Como disse, mas repito, só analisando bem, fazendo os diagnósticos correctos e com as terapias indicadas, podemos melhorar, conseguir atingir os objectivos pretendidos e que são conquistar o título e a entrada directa na próxima Champions, com tudo o que isso significa em termos desportivos e financeiros.

Portanto, definitivamente, vamos lá levantar, reflectir bem, olhar primeiro para o que fizemos mal, não andar atrás de desculpas sem sentido e melhorar a qualidade de jogo. Se fizermos isso estaremos sempre mais perto de ganhar e então, sim, em Maio festejar. Não percamos esta cultura, foi ela que nos ajudou a chegar ao topo do futebol português, europeu e mundial. 

E por falar em festejos, não me incomoda nada, pelo contrário, ver os sportinguistas eufóricos e a festejar como se não houvesse amanhã. Um, porque raramente ganham ao FCP e é natural que fiquem felizes. Dois, porque é sinal da nossa grandeza.

Ninguém ganha ou perde campeonatos quando ainda nem sequer chegamos ao final da 1ª volta, principalmente quando a distância para o primeiro lugar é de apenas 3 pontos, ainda vamos receber Benfica e Sporting - sem esquecer o Braga -, no Dragão. 

Vamos a isso!


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