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sábado, 13 de abril de 2024


Depois de duas derrotas consecutivas, com a possibilidade de chegar aos dois primeiros lugares praticamente afastada - embora matematicamente seja possível -, o FCP tinha de regressar rapidamente às vitórias no jogo com o F.C.Famalicão poder manter pelo menos a vantagem para o S.C.Braga e aumentar sobre o Vitória que antes tinha empatado com o Farense - provou que é uma equipa de contra-ataque, quando tem de assumir o jogo tem dificuldades.


De início com Diogo Costa, Jorge Sánchez, Zé Pedro, Otávio e Wendell, Francisco Conceição, Grujic, Nico González e Iván Jaime, Pepê e Evanilson, os pupilos de Sérgio Conceição, com cinco alterações em relação ao último jogo, fizeram uma péssima primeira-parte, melhoraram na segunda - também não era difícil! -, mas só deu para empatar. E assim, o FCP pode ser alcançado pelo S.C.Braga e não aumentou a vantagem para o Vitória S.C.

Com o FCP a atacar para a baliza do topo sul, o jogo começou equilibrado, mas aos 9 minutos cruzamento e entrada fulgurante de cabeça de Cádiz no meio dos centrais portistas, Famalicão na frente - está tão fácil marcar aos azuis e brancos.
Era preciso reagir rapidamente, mas a equipa de Armando Evangelista defendia bem, dava pouco espaço, saía bem para o contra-ataque.
Aos 17 minutos, Evanilson ganhou na raça um lance que parecia perdido, bola sobrou para Francisco Conceição, o 10 tentou assistir, houve um desvio num defensor dos famalicenses, auto-golo, estava feito o empate.
Aos 26, nova saída rápida do Famalicão, cruzamento de Nathan só não deu golo porque desta vez o cabeceamento não levou a melhor direcção.
Muitas dificuldades do FCP em se impor. Futebol lento, pouco ligado, previsível, vida facilitada para a defensiva dos visitantes.
Tirando um ou outro rasgo de Francisco Conceição, nada mais a assinalar, um autêntico deserto de ideias.
Em cima do minuto 40, uma cratera no centro da defesa dos Dragões, bola passou perto do poste de Diogo Costa. Pouco depois Otávio viu amarelo.
Já no tempo de compensação inacreditável, a forma como o FCP sofreu o segundo golo, marcou novamente Cádiz. A bola foi cruzada da direita, passou por toda a defesa dos azuis e brancos, muito mal posicionada e o avançado dos minhotos só teve de encostar já muito perto da linha de golo.

Assim, ao intervalo, vantagem justíssima do Famalicão e mais 45 minutos muito maus da equipa de Sérgio Conceição.

A jogar muito mal e a perder, Sérgio Conceição   fez entrar Alan Varela, Galeno e Taremi, saíram Jorge Sánchez, Grujic e Iván Jaime.
Era importante entrar forte, marcar cedo.
Aos 54 minutos lance muito duvidoso sobre Taremi na área do Famalicão, de seguida a bola entrou, mas o árbitro assinalou falta de Francisco sobre o guarda-redes.
Porto pressionava, ganhava cantos, mas nada mais que isso. Em contrapartida cada vez que o conjunto de Armando Evangelista esticava na frente em Cádiz, a defesa do FCP sofria. Amarelo para Wendell em cima do minuto 60.
Pela direita o Porto porfiava, Nico sozinho cabeceou para as mãos de Luiz Júnior.
Os lances de bola parada, livres e cantos não davam e nada. Na primeira jogada bem construída, o guardião do Famalicão fez um milagre a remate de Evanilson. Finalmente apareceu um Dragão com fogo. Mas na resposta também foi Diogo Costa que evitou o terceiro. Na contra resposta Taremi isolado desperdiçou.
O jogo estava assim, o Famalicão quase já só defendia, começava a faltar tempo, era obrigatório marcar.
Ao minuto 81 saiu Wendell e entrou Namaso.
Passado um minuto os Dragões empataram, marcou Taremi após grande trabalho de Galeno. Ainda havia tempo.
Aos 85 minutos, Gustavo Correia devia ter mostrado o 2° amarelo a Zaydou. Erro grosseiro.
Sérgio Conceição fez entrar Eustaquio para o lugar de Nico. Só dava Porto.
Ao minuto 89, mais um livre frontal, mas sem qualquer perigo - incrível a incapacidade dos Dragões para tirar partido destes lances.
Aos 93 minutos, Evanilson agrediu um adversário, foi expulso. Isto não é admissível, é preciso responsabilizar estes meninos por estas atitudes. Joguem à bola, é para isso que são muito bem pagos.

O jogo terminou com mais um resultado negativo, por culpa exclusivamente própria. Que tal jogarem mais e reclamarem menos?
O FCP entrou com vontade, mas é um futebol muito atabalhoado, não flui naturalmente, é tudo feito em esforço. Muito coração, pouca cabeça.

Quantos livres tivemos perto da área? Quantos cantos? E o que aproveitamos? Zero. Uma autêntica nulidade.

Qualquer equipa vem ao Dragão para discutir o resultado. Há muito que os adversários perderam o respeito pelo FCP. O FCP que metia medo aos adversários já não existe. Há muito tempo que as más exibições são a regra, as boas são a excepção.

Espero que frente aos de Guimarães entre em campo uma equipa capaz de jogar à bola, colocar o FCP no Jamor. É o mínimo que se pede. Não salva nada, mas pode dar um título.

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