Frente ao Sturm Graz, campeão austríaco, naquele que foi o teste mais difícil dos três disputados no estágio e na presença do presidente AVB, o FCP voltou a vencer desta vez por 2-0, fez aquele que na minha opinião foi o seu melhor jogo.
Entrando com Cláudio Ramos, João Mário, Zé Pedro, David Carmo e Martim Fernandes, Grujic, Nico e Varela, Gonçalo Borges, Namaso e Iván Jaime, o conjunto de Vítor Bruno entrou pressionante, mas em posse, ainda muitos passes para trás, dificuldade em se libertar, arriscar no um para um, desequilibrar, criar lances de golo - muita cerimónia e muita pólvora seca no último terço.
Depois da pausa para hidratação o FCP melhorou e com mais critério na definição podia ter marcado. Mas também é fundamental ter atenção na saída, não se pode perder a bola em zonas perigosas.
Apesar do FCP estar a ser pouco expedito na frente, Martim Fernandes, desta vez a jogar muito bem na esquerda, principalmente na parte ofensiva, mostrou aos avançados como se faz. O jovem lateral fez um excelente cruzamento - o que faltou a João Mário e Gonçalo Borges -, para magnífica entrada de cabeça de Grujic a adiantar os Dragões.
O campeão austríaco reagiu, nas bolas metidas na área a defesa dos azuis e brancos sentia dificuldades, sem ter grandes oportunidades, ameaçou.
Com Iván Jaime muito bem a desequilibrar num passe a rasgar que João Mário na cara no guarda-redes desperdiçou, e mal a finalizar, o FCP foi melhor nos últimos 20 minutos da primeira-parte, com uma dinâmica interessante, justificou a vantagem que até podia ser mais dilatada ao intervalo.
Continua a faltar mais nos lances de bola parada.
Na segunda-parte o FCP entrou com o mesmo onze com que acabou a primeira, mas num ritmo mais lento e parecia mais na expectativa.
Mas aos 55 minutos naquilo que deve ser o modelo e exemplo de um contra-ataque bem construído, Gonçalo Borges soltou no tempo certo e bem em Namaso que aumentou a vantagem.
Na reacção o Sturm Graz podia ter reduzido, desperdiçou uma boa ocasião.
Depois de lance FCP foi controlando, quando saía fazia bem e ameaçava. Gonçalo Borges podia ter aproveitado uma boa possibilidade, mas atirou ao lado.
Aos 70 minutos nova pausa, Porto perto do golo, mas o egoísmo de Gonçalo Borges não ajudava, procurava o golo em vez de passar aos colegas bem colocados para finalizar.
A partir do minuto 77 saiu Iván Jaime - bela exibição - e entrou André Franco.
Depois de uma má abordagem defensiva de Martim Fernandes e a partir de um livre, os austríacos estiveram perto de diminuir a desvantagem. Cláudio Ramos chegou atrasado à bola, o remate de cabeça foi perigoso.
Na resposta Namaso sozinho permitiu o corte do defesa, desperdiçou uma boa chance.
Aos 85 entrou Vasco Sousa e saiu Nico González. Já em cima dos noventa entraram Fran Navarro e Rodrigo Mora, saíram Grujic e Gonçalo Borges e nada mais a realçar até ao fim.
No jogo de maior grau de exigência, o FCP deu uma excelente resposta, venceu com toda a justiça por 2-0, regressa ao Porto com um sentimento do dever cumprido e com a certeza que está no bom caminho.