sexta-feira, 19 de julho de 2024
No primeiro jogo da pré-época já com algum grau de dificuldade, frente ao Áustria de Viena de boa memória - esteve na histórica caminhada que culminou com a conquista da Taça UEFA em Sevilha tendo os escoceses do Celtic como adversário - e já com um andamento próprio de uma equipa que tem um jogo oficial dentro de poucos dias, o FCP fez uma primeira-parte muito pobre - empate a um -, melhorou muito na segunda, em particular após o minuto 60. Acabou por vencer com toda a justiça por 3-1.
Com um onze diferente daquele que iniciou o jogo anterior, Samuel Portugal, Gabriel Brás - foi o único que manteve a titularidade -, Zé Pedro, Otávio e Martim Fernandes, Gonçalo Borges, Alan Varela, André Franco e Galeno, Iván Jaime, Fran Navarro e Galeno, o conjunto de Vítor Bruno começou muito pressionado, desinspirado, incapaz de ter a bola, cedeu três cantos, permitiu lances de perigo junto à sua baliza.
Quando subiu pela primeira vez com algum critério e contra a corrente do jogo, chegou a vantagem. Marcou André Franco com assistência de Fran Navarro.
Não tardou a voltar a ameaçar a equipa portuguesa, primeiro por Iván Jaime e depois por Galeno, mas ambos definiram mal o último passe. O mesmo fez André Franco. Enquanto isso, os de Viena, melhores em tudo, iam ameaçando, mas não marcavam. E se os portistas não estavam bem a definir na zona de finalização, também não estavam melhor a defender, sair e construir. Atrás iam dando muito espaço, permitindo que o Áustria de Viena causasse perigo. Depois, um futebol trapalhão, desligado, lento, previsível, errático a passar. O jogo ia-se arrastando e era muito pobre a exibição dos Dragões, de positivo apenas o golo. Mesmo com toda a tolerância derivado de estarmos no início da época, das cargas físicas, de ser um equipa nova, do adversário estar com a preparação mais adiantada e ter mais ritmo, exigia-se bem mais.
Já no tempo de descontos, mais um canto, mais uma péssima abordagem defensiva, Galeno completamente batido, golo dos austríacos.
O resultado ao intervalo, um empate, até era injusto, o FCP nem isso merecia.
Depois daquela primeira-parte para lembrar e não repetir, dificilmente a segunda podia ser pior.
Entrando com o mesmo onze, a equipa normalmente de azul e branco, mas hoje de laranja, continuou desastrada, incapaz de fazer alguma coisa de jeito, só não ficou a perder logo no início da etapa complementar porque foi assinalado fora-de-jogo. No mais, os mesmos erros dos primeiros 45 minutos, atrás, no meio e na frente.
Aos 59 minutos começaram as mexidas, João Mário, David Carmo e Danny Damaso, substituíram Gabriel Brás, Otávio e Fran Navarro. Aos 65 saíram Ivan Jaime e André Franco, entraram Grujic, Nico e a equipa com as substituições melhorou bastante. Como consequência, Gonçalo Borges que até não estava fazer um bom jogo, sacou um remate de trivela, conseguiu um grande golo, colocou novamente os portistas na frente. O golo inspirou Gonçalo Borges que pouco tempo depois fez um excelente cruzamento para belo golo de cabeça de Nico.
Já não havia dúvidas, houve um Porto até às substituições, outro após.
Aos 84 saíram Gonçalo Borges e Alan Varela, entraram Vasco Sousa e Gonçalo Sousa.
Por várias vezes o FCP podia ter feito o 4°. Martim Fernandes ao poste, Namaso a não rematar bem, ainda Galeno e Vasco Sousa também perto de balançar as redes.
Resumindo. Um Dragão pobre, amorfo, tristonho, sem alma, na primeira-parte e 15 minutos da segunda. Depois com as substituições foi um Dragão completamente diferente, marcou mais dois golos, podia até marcar mais um ou outro e esteve muito mais próximo do que se espera no futuro e exige à equipa de Vítor Bruno.
Espero o próximo jogo frente ao Sturm Graz, campeão austríaco e jogo com um ainda maior grau de exigência.