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quarta-feira, 21 de outubro de 2009



Frente a um adversário que na primeira-parte praticamente só defendeu e se apanhou a ganhar sem ter feito um único remate à baliza - auto-golo de Álvaro Pereira -, o F.C.Porto nesse período, esteve lento, previsível, desinspirado, melhorando, não muito, apenas depois do golo da igualdade. Na etapa complementar, marcando logo aos 3 minutos - penalti indiscutível que Hulk marcou com mestria -, o Tetracampeão português arrancou para 20 minutos de grande fulgor em que podia ter resolvido a partida - Falcao falhou um golo de baliza aberta. Não resolveu e pior, baixou o ritmo, recuou linhas, permitiu que o Apoel crescesse, acreditasse, controlasse e sofreu, mais ainda a partir da expulsão de Mariano. Se nessa altura já não era o F.C.Porto dominador, esclarecido e a jogar bem, dos 20 minutos iniciais do segundo-tempo, a partir daí foi pior e apenas se viu um Porto mais preocupado em segurar a vantagem que ampliá-la, frente a uma equipa que atacou, mas que nunca deu mostras de poder alterar o rumo de uma partida, que apesar de tudo, o F.C.Porto ganhou com toda a justiça. Mas não havia necessidade de passar por essas situações, pois o conjunto de Jesualdo é bem melhor que a equipa cipriota.

Tudo está bem quando acaba bem e com a vitória do Chelsea frente ao Atlético de Madrid, a equipa portista já tem um pé nos oitavos-de-final, podendo em Nicósia, no caso deconseguir uma vitória, colocar os dois.

Os jogadores um a um:
Helton, se durante a primeira-parte foi mero espectador, tendo sofrido um golo em que fiquei com a sensação que se encolheu e não
abordou o lance com a determinação que se pedia, na segunda, com mais trabalho cumpriu, embora tenha tido uma ou outra hesitação em cruzamentos para a área.
Fucile, não esteve tão brilhante como frente à equipa madrilena, mas cumpriu bem o seu papel e não foi por ele que as coisas se complicaram.
Rolando, esteve bem, apenas uma abordagem errada a um lance onde permitiu um remate de cabeça perigoso, num dos poucos calafrios sofridos pela defesa portista.
Bruno Alves, uma exibição parecida com a do seu parceiro do centro da defesa, mas Bruno é sempre muito mais exuberante.
Álvaro Pereira, apesar de ter sido o autor do golo da equipa cipriota, num lance infeliz, o uruguaio fez um óptimo jogo, carrilando lance atrás de lance pelo lado esquerdo e sendo, já na parte final, dos poucos que o conseguia trazer a bola para a frente. Dura sempre e em grande ritmo, os noventa minutos.
Fernando, uma excelente exibição do trinco portista que esteve irreprensível na cobertura e na abordagem dos lances, sem aquelas entradas que tanto o penalizaram.
Meireles, não está bem e às vezes perde bolas por manifesta desconcentração, complicando aquilo que é fácil. Muitos braços no ar, são sinal de quê?
Mariano, má primeira-parte, com muitos passes errados e melhoria clara na segunda, até borrar a pintura com um chega para lá que não foi nada de mais, mas que podia ter tido consequências graves para a equipa.
Rodríguez, trocou o lado esquerdo do ataque, pelo meio-campo do mesmo lado, no regresso dos balneários e esteve melhor aí que que tinha estado na frente, combinando muito bem o Álvaro Pereira e contribuindo com muito jogo no melhor período da equipa. Saiu esgotado, mas está a dar passos seguros no caminho da melhor forma o que é bom sinal numa altura em que o F.C.Porto tem tanta gente lesionada.
Falcao, trabalha muito, dá o corpo ao manifesto, mas está a cometer o mesmo pecado que já fiz referência em jogos anteriores: não pode agarrar-se tanto à bola como se tem agarrado. Primeiro porque não tem grandes capacidades para isso e depois, porque fica atrás e não está no lugar que devia e é onde é mais eficaz: o centro da área.
Hulk, dois golos, uma grande exibição e sempre uma seta apontada à baliza adversária. Está em grande forma, está a decidir, mas precisa de mais alguém a colaborar, sob pena de só ele, em alguns jogos, ser manifestamente pouco.
Farías, pouco tempo em jogo, mas um remate que quase dava golo...
Sapunaru, apenas entrou para queimar tempo. Terá tocado na bola?
Guarín, coisas muito interessantes e um jogador que gosta de tentar a sua sorte. Gostei do colombiano que é uma excelente alternativa e com Belluschi apto, pode ser o substituto de um Meireles que tarda em aparecer.

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