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domingo, 25 de outubro de 2009


Gostava muito de poder ser pragmático o bastante para dizer apenas o seguinte: ganhamos, conquistamos os três pontos e isso é que é importante. Gostava, mas não posso. Sou um portista apaixonado, de sempre e para sempre. Passei muitos anos sem ver o meu clube ganhar nada no futebol e isso nunca abalou as minhas convicções, nem o meu amor pelo azul e branco. Já vi, enquanto portista militante, muito boas, boas, más e muito más, exibições do meu clube, mas é difícil recordar e tenho excelente memória, uma 1ª parte tão pobre, tão mal jogada, como os primeiros 45 minutos frente à Académica. Jesualdo pediu tolerância, mas é difícil ser tolerante, mesmo com todas as atenuantes - jogo da C.League a meio da semana, jogadores lesionados...- perante a pobreza da exibição portista. Como é possível não criar um lance de golo e apenas aos 40 minutos fazer um remate à baliza? Mas, esse é que é o grande problema e torna os adeptos intolerantes, é que estas exibições têm sido uma constante, mesmo frente a equipas mais fracas, mesmo a jogar em casa, mesmo quando tem vantagens no marcador e tem tudo a seu favor para proporcionar bons espectáculos. Este Porto de Jesualdo, vocacionado para o contra-ataque - mesmo que agora, pomposamente, lhe chamem transições rápidas - , teve, tem e vai ter sempre problemas, porque não sabe jogar em ataque continuado e quando as equipas não saem para jogar e se fecham é o cabo dos trabalhos. Mais, mesmo em vantagem a equipa tem sempre tendência para recuar as linhas, descomprimir, contentar-se com pouco e depois, como se viu hoje na 2ª parte, sofre um golo e lá vem mais sofrimento...Assim, Sr. Professor, não há paixão que resista. Assim, Sr.Professor, podem fazer-se todas as campanhas possíveis e imaginárias para levar mais público ao Dragão, que não adianta nada e cada vez menos gente sente vontade de lá ir. O slogon: muitas arritmias e não sei quantos campeonatos, é apenas um slogan e ninguém merece sofrer tanto...É óbvio que a culpa não é só sua, mas o senhor é que é o treinador e se há jogadores que não estão a render, tire-os e meta outros. Por exemplo: porque meteu Guarín em Braga e agora, que o colombiano dá mostras de estar bem, não joga e joga sempre R. Meireles que se arrasta autenticamente em campo?
O miúdo, Sérgio Oliveira, que mostrou talento e capacidade, porque não foi convocado para o jogo de hoje, quando há muitos médios lesionados e foram convocados 7 defesas?
Claro que depois, perante tão pobres exibições as pessoas ficam de cabeça quente e até são injustas como foi o caso da substituição de Rodríguez, que foi correcta - disse-o no Estádio e não agora, só porque resultou.
Eu, Sr. Professor, sou um portista vibrante, não estou mudo e quedo a ver o jogo e hoje, durante o pior período da equipa nem tinha reacção. Isso é mau sinal e não se passa só comigo, infelizmente...
Voltamos a jogar na sexta-feira, novamente no Dragão, frente ao Belenenses, uma equipa que vem jogar como a Académica. Uma exibição como a de hoje não se pode repetir sob pena de a contestação aumentar. O público portista é assim e não se pode mudar o público. Têm a palavra o Senhor e os seus jogadores.

Não vou vou fazer a análise dos jogadores, um a um, que costumo fazer. Que me perdoem, Mariano, Farías e Guarín que entrou muito bem no jogo. Mas vou falar de Falcao. Será que só eu é que vejo que o colombiano de à vários jogos par cá, anda a fazer fintas e fintinhas, toques e mais toques de calcanhar, perde-se completamente e depois não está onde devia e onde é mais forte, coração da área, perdendo eficácia, como se viu frente ao Apoel e frente à Briosa? Não acho que seja só eu que estou a ver isso e então ninguém chama o homem à pedra para ele se deixar dessas vedetisses?

Notas finais: li uma declaração de Jesualdo sobre Sapunaru, que me custa a acreditar que seja verdadeira. Por isso nem faço referência a ela...

Fui ao Andebol e dei o meu pequenino contributo para uma excelente vitória do F.C.Porto frente ao Benfica por 27- 25. No final, depois de assistir a um jogo intenso, de resultado equilibrado e que só se decidiu nos 2 minutos finais, comentavamos entre amigos: - a seguir, no futebol, que possamos assistir a um jogo calminho e uma vitória tranquila, pois não há coração que aguente tanta emoção. Mal sabiamos o que nos esperava...


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