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domingo, 18 de abril de 2010


No dia em que, matematicamente, dissemos adeus ao título, uma vitória justa, por números certos, numa exibição que não foi brilhante. E não foi brilhante, principalmente na primeira-parte, porque Jesualdo, mesmo que os exemplos mais recentes lhe digam como as coisas funcionam melhor, resolve ligar o complicador, inventar, mudar e com isso criar problemas à equipa e a alguns jogadores. Se é pacífico e tem ficado inequivocamente demonstrado - na quarta-feira, frente ao Rio Ave, foi a última vez -, é que, Belluschi, tem um rendimento superior, é mais importante e pode ser decisivo, é a jogar no meio do meio campo, mais próximo dos avançados, da área, naquela que se designa como posição 10. Hoje isso foi notório: depois de ter entrado com Valeri na esquerda, numa função que nem era carne - extremo -, nem peixe -médio -, o treinador do F.C.Porto colocou Belluschi sobre a direita e Guarín sobre a esquerda, com Fernando atrás. Que confusão! Ninguém se entendia naquele meio-campo. As bolas perdidas foram muitas, a ligação não existia, idem com a organização de jogo e o F.C.Porto só de vez em quando, graças a uma ou outra arrancada de Hulk, um fogacho de Falcao, levava algum perigo à baliza vitoriana, tendo conseguido o golo da vantagem num ressalto de bola que o Incrível aproveitou bem. Melhor, sem margem para dúvidas, o segundo tempo, principalmente depois que entrou Meireles para o lado esquerdo e saiu o corpo estranho, Valeri. Aí, com a passagem de Belluschi para o seu lugar, a qualidade subiu, as jogadas bem construídas também, encostamos o Vitória às cordas, chegamos ao 3-0 com toda a naturalidade e até podiamos até ter marcado mais, não fosse a excelente prestação de Nilson. Foi o guarda-redes vitoriano, com um par de boas defesas, que evitou que o resultado subisse e tivesse atingido números, que, pela qualidade de jogo das duas equipas, não se justificavam - nem o F.C.Porto foi tão forte assim, nem o Vitória foi tão fraco que merecesse penalização maior.

Os jogadores: Beto - pareceu-me ouvir na constituição da equipa, que o titular era Helton e não sei porque não jogou... -, esteve muito bem, concentrado e sempre que foi chamado a intervir fê-lo com segurança. Está mais sereno, mais confiante e é melhor que Eduardo. Devia ir ao Mundial.
Fucile: primeira-parte sofrível, com desatenções que não se admitem - nas suas costas, um jogador adversário só não marcou porque Beto fez grande defesa. Melhorou na segunda-parte, mas ainda não atingiu os níveis que já alcançou com a camisola azul e branca.
Rolando: sempre bem e muito regular na sua exibição.
Álvaro Pereira: em crescendo, acabou em grande e foi dos melhores.
Fernando: outro que esteve bem e durante o jogo todo. Ao contrário do que tem acontecido, errou poucos passes.
Guarín: belo golo, embora tenha beneficiado num ressalto que traiu o guarda-redes, numa exibição com altos e baixos.
Belluschi: sem grande inspiração na posição 8, muito bem e acabar em grande, na posição 10.
Valeri: fora do seu lugar, foi um corpo estranho. Vítima da invenção de Jesualdo.
Hulk: marcou um golo, teve um ou outro pormenor, mas voltou a cometer o velho pecado do individualismo, perdendo com isso brilho exibicional.
Falcao: lutador incansável, o colombiano não fez um jogo dos melhores, mas acabou por marcar, de penalty - um feito -, embora a sua coroa de glória pudesse ter acontecido antes, em mais um bicicleta extraordinária, que passou muito perto da baliza e tinha dado um golo de bandeira.
M.Lopes e Farías: nada de relevante no pouco tempo que jogaram.
Bruno Alves: o Nº2 fica para o fim e merece críticas. Ser capitão é ter sensibilidade, é ser capaz de perceber que isso não lhe dá o direito de fazer o que quer. Na quarta-feira, frente ao Rio Ave, o F.C.Porto chegou à vantagem num livre próximo da área, do lado esquerdo, que Belluschi marcou superiormente. Hoje, houve um livre quase na mesma posição e quando o argentino se preparava para marcar, Bruno Alves colocou os galões em cima da mesa e marcou o livre. Mal, muito mal e uma prova que há jogadores que parece que fazem o que querem, perante a apatia de um treinador que fica mudo e quedo. Um episódio que não foi bonito e explica algumas coisas...
Nota: a primeira foto, a contar de cima e do lado direito, é um pedido de casamento em pleno Estádio do Dragão. O amor é lindo!

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