Com a eliminatória quase resolvida, a Fase de Grupos da Liga Europa escancarada e com um jogo difícil já no Domingo, em Vila do Conde, que Porto amanhã frente ao Genk? Como conciliar a cultura de exigência, de vitórias, a seriedade competitiva, com a necessidade de poupar alguns jogadores mais desgastados e dar tempo de jogo e ritmo, aos que têm jogado menos? Oportunidade para Miguel Lopes e Sereno, já que no lado esquerdo, apesar de Emídio Rafael, vai ter de jogar o Palito? Ou não joga o Palito e vai ser ensaiado o 3X4X3, que Villas-Boas se preparava para utilizar na Figueira da Foz, se Hulk não tem marcado? Jogará Fernando, com Moutinho e Belluschi, ou depois do que se viu frente ao B.Mar, teremos mais gente no meio-campo e entrará R.Micael? Na frente Hulk, Varela e Falcao, ou o goleador colombiano dará o lugar a Walter, que precisa de jogar? Enfim, dúvidas que se dissiparão amanhã, sendo mais uma razão para ir ao Dragão.
O árbitro é o grego Georgios Daloukas, auxiliado pelos seus compatriotas, Dimitrios Bazatzidis e Leonidas Valleiadis
Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Beto e Kieszek
Defesas, Sapunaru, Miguel Lopes, Rolando, Maicon, Sereno e Álvaro Pereira,
Médios, Fernando, Souza, Belluschi, J.Moutinho, Castro e Ruben Micael,
Avançados, Varela, Falcao, Walter e Hulk
Antevisão de André Villas-Boas
Atenção máxima
«O jogo mais importante é sempre o próximo. O Genk lidera o campeonato belga, com o Mechelen, e fá-lo dando espectáculo e com um número considerável de golos. Temos de nos manter atentos e espertos. Só chegando ao golo poderemos descansar, mental e fisicamente. Definimos como objectivo terminar esta fase com duas vitórias, por isso temos de vencer o Genk e os jogadores não vão relaxar até ao apito final. A nossa atitude passa por reduzir o número de oportunidades do adversário e construir o máximo de ocasiões de golo. Queremos procurar o golo o mais rapidamente possível, mas com sustentação e calma, gerindo o jogo.»
Ciclo de vitórias
«Estabelecemos que o primeiro objectivo passa por vitórias contínuas até à paragem do campeonato, devido aos compromissos das selecções. Este jogo está dentro desse objectivo e a nossa atenção passa por vencer. Considerar o jogo com o Rio Ave mais importante não é correcto. Houve um período de jogo em que o Genk arriscou, mesmo reduzido a dez elementos, porque não tinha nada a perder. Poderá acontecer o mesmo.»
Gestão de recursos
«A opção da equipa técnica passa pelo 4-3-3. Culturalmente, o jogador português e os que jogam em Portugal estão mais habituados a essa táctica. Nesse sentido, é o sistema preferencial. Mas os jogadores são evoluídos e permitem fazer alterações, até dentro do próprio jogo. Quando assim é, eu é que tenho de fazer a gestão de recursos. Tem havido alternância nesta equipa, estrutural e de jogadores, desde que iniciámos esta época. Temos introduzido jogadores diferentes e isso poderá vir a acontecer frente ao Genk. Obviamente que a recuperação para o jogo com o Rio Ave será curta, mas as opções que tomarmos dão todas as garantias.»
O reforço Otamendi
«É um jogador importante para acrescentar a um sector que estava à espera de chegada de mais um reforço, depois da saída de Bruno Alves. Tem um grande futuro e é uma grande mais-valia. Tem poder de antecipação, leitura de jogo e facilidade de construção, pelo que se enquadra no perfil que definimos. Agora, tudo dependerá da forma como ele se vai integrar, da forma como assimilará processos em termos de jogo.»