Mas vamos ao que interessa, que este Baptista, conhecido como o Calabote de Portalegre, é useiro e vezeiro em prejudicar o F.C.Porto e como o outro Baptista, o SLB - senhor Lucílio Baptista -, já se reformou, alguém de nome Baptista tinha de ficar com a cartilha!

Primeira-parte a fazer lembrar o passado: futebol amarrado, complicativo, desinspirado, sem ideias, sem pressão, sem domínio, um Porto fraquinho, que não teve espaços para jogar e também não fez nada para os criar. Lances de perigo, apenas em lances de bola parada.

Na segunda-parte, um novo Porto: mais forte, mais pressionante, mais dominador, a atacar pela direita com Hulk e pela esquerda com Álvaro, o conjunto de André Villas-Boas encostou a equipa da Figueira lá atrás, criou vários lances de golo, marcou apenas um - num penalty indiscutível -, mas podia e devia ter marcado mais alguns.

Vitória justa, sem mácula da equipa portista, que se na primeira-parte esteve mal, na segunda rectificou, mudou e conquistou com todo o mérito os três pontos.

Bem o jovem treinador do F.C.Porto a mudar, sem hesitar, na saída de Varela, claramente desinspirado. Sem hesitar em mudar o sistema com a entrada de Guarín e mais uma vez na saída de Belluschi, outro que esteve muito abaixo do que fez na semana passada, para a entrada de Cebola. Já a entrada de Souza foi apenas para ter alguém mais fresco e mais alto no meio-campo, alguém capaz de ter bola, já que J.Moutinho estava desgastado e abalado pelo "toque" que levou na cabeça.

Bem a defesa, Helton incluído, apesar de dois deslizes que podiam ter sido comprometedores. O atraso suícida do "Palito" e aquela bola pontapeada pelo guarda-redes, que deixou o avançado da equipa de Victor Zvunka completamente isolado. A não repetir!

No meio-campo, mal Belluschi, incapaz de repetir a exibição que realizou frente ao Benfica. Fernando, esteve em muito bom nível, em crescendo, acabou em grande.

João Moutinho, mal nos primeiros 45 minutos, bem melhor nos segundos.

Guarín, entrou com tudo e se em alguns lances foi precipitado, trapalhão, também é verdade que foi importante para encostar o adversário às cordas e sem esquecer o contributo no lance do golo. Vítima de uma patada que árbitro não assinalou, acabou em dificuldade. Espero que não seja nada de grave, mas as imagens até arrepiaram... e o Calabote de Portalegre, siga, siga...

Souza, tirando a posição em campo, que ia levando Villas-Boas ao desespero, teve, apesar dos poucos minutos que jogou, pormenores de bom jogador.

Falcao, muito empenho, nunca virou a cara à luta, mas quase sempre mal servido, não podia ter feito mais nada.

Varela, desinspiração total, uma sombra de faz hoje oito dias.

C.Rodríguez, entrou bem e ajudou na pressão que levou à vitória.

Hulk, exagerou nos remates à sorte, muitas vezes abusou das fintas, mas foi ele que, com as suas arrancadas, dinamitou a resistência da equipa da Figueira, marcou o golo e foi para mim o melhor em campo.