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sábado, 25 de setembro de 2010


Tinha sido óptimo. Gostei muito da primeira-parte do F.C.Porto.
Frente a um adversário fechado, com todos a trás da linha da bola, apenas apostado em não sofrer golos e que raramente saiu para o ataque, o conjunto de Villas-Boas, jogou bem, às vezes muito bem, chegando ao intervalo a vencer por 2-0, resultado que até podia, sem que fosse injusto para a equipa de Olhão, ser mais dilatado. Foi um Porto de qualidade, intenso, jogando um futebol bonito, de toque, envolvente, de movimentação constante, de controlo absoluto do jogo, que atacava bem, ora pelo meio, em tabelas, ora pelos flancos, com Hulk e Varela sempre perigosos, os médios próximos dos avançados, enfim, um turbilhão, que entusiasmou os cerca de 35.000 espectadores que se deslocaram ao Dragão. Se a equipa de Daúto Faquirá, era a sensação do campeonato, essa equipa, hoje, por culpa do F.C.Porto, não se viu.

Mas o jogo não acabou ao intervalo e na segunda-parte não apareceu o mesmo Porto. Ou porque o resultado era confortável, ou porque o efeito Liga Europa caiu no sub-consciente dos jogadores, ou porque o adversário não dava mostras de ser capaz de criar embaraços, a equipa portista ligou o complicador, desligou-se, baixou o ritmo, deixou de jogar em conjunto e a qualidadee baixou bastante, o que foi pena, já que na etapa inicial a exibição tinha sido de grande qualidade. Não que o controlo e o domínio de jogo se perdessem, não que não houvesse algumas oportunidades de aumentar a contagem, sem que isso fosse injusto para os algarvios, mas porque depois daquela primeira-parte, não se esperaria tão pouco...

Resumindo: no dia de estreia de Otamendi, um Dragão de duas caras, venceu com toda a justiça e segue líder destacado, com 6 jogos e 6 vitórias.

Os jogadores um a um:
Helton: sem nada de complicado que fazer, limitou-se a estar a tempo num ou outro cruzamento. Voltou às tangas, nas reposições de bola.
Fucile, Álvaro e Rolando, cumpriram, sem terem sido exuberantes.
Fernando: bem melhor na primeira que na segunda parte, foi dos primeiros a ligar o complicador. Errou muitos passes e falhou um golo certo.
Belluschi: muito bem no melhor período, menos bem, sem estar mal, na fase menos boa. Teve razão no lance do livre. Ali era ele a marcar.
Souza: entrou numa altura má e não ajudou a melhorar.
Idem para R.Micael.
Moutinho: grande jogo e que menos caiu de uma parte para a outra. Está em excelente forma e é ele que dinamiza todo o jogo do F.C.Porto.
Varela: outro que depois do descanso, piorou bastante, escolhendo quase sempre as jogadas mais difíceis.
Walter: pouco tempo em campo, numa altura má, não fez nada que mereça relevo.
Falcao: nada a apontar em entrega, em espírito de sacrifício, mas está desinspirado, cansado, quer marcar, força e depois faz asneiras.
Hulk: o melhor, junto com Moutinho, em campo. Uma assistência, um grande golo - desde o roubo da bola, o toque a isolar-se, deixando o defesa pregado, até à excelente finalização. Quando começou a falar muito e jogar pouco, levou o amarelo e por isso, fez bem Villas-Boas em o retirar de campo.
Otamendi: havia uma grande expectativa em relação ao internacional argentino e ele não defraudou. Até não entrou bem, o que se compreende, era o primeiro jogo com a camisola do F.C.Porto e frente aos adeptos portistas, falhando dois cortes, mas depois, mesmo antes de marcar o golo, foi ganhando confiança, arriscando e fez um bom jogo, embora sem ser nada do outro mundo. Promete!

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