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quinta-feira, 16 de setembro de 2010


Apetecia-me falar só dos últimos vinte minutos, curiosamente, depois da saída de Hulk, pois foi, de longe, o melhor período do F.C.Porto. Foi com a saída do "Incrível" - no Estádio não me apercebi, mas disseram-me que saiu mal disposto e sendo assim, aconselho-o a tomar Rennie ou Kompensan, que a azia passa logo. Estava complicativo, cansado, trapalhão e foi muito bem substituído! - e a entrada de Belluschi, que o F.C.Porto começou a jogar melhor, de uma forma mais consistente, mais organizada, com jogadas bonitas e o terceiro golo, belíssimo, foi uma espécie de cereja em cima do bolo. Não que durante o restante período do jogo, os austríacos tivessem causados muitos problemas, não, não causaram, apenas dois lances perigosos a acabar a primeira-parte e ficou por aí o Rapid, mas porque o conjunto de Villas-Boas, principalmente e de forma notória, na etapa inicial, embora dominasse, jogava devagar, muito pelo meio, complicava, queria resolver individualmente e o jogo arrastava-se, era pouco atractivo, sonolento, enfim, não entusiasmava os cerca de 30 mil espectadores que se deslocaram ao Dragão. Melhor na segunda-parte, melhor ainda, como referi, nos últimos vinte minutos. Aí sim, o futebol praticado já teve qualidade, já entusiasmou, já esteve dentro dos níveis exigíveis à equipa portista e mudou o estado de espírito dos adeptos, pois as últimas impressões é que ficam.

Resumindo:
compreendo que seja preciso poupar - o próximo jogo do campeonato, por muitas razões que falarei na altura própria, é dificílimo...; aceito que o facto do adversário nunca ter mostrado grandes argumentos, também ajude a uma atitude mais relaxada, mais confiante; mas, atenção, só se consegue motivar e levar público ao Dragão, juntando, já não digo sempre, às vitórias, bons jogos. Se as boas exibições forem apenas de forma esporádica, a motivação e mobilização fica mais difícil. Para que o estado de graça se mantenha, é preciso ter sempre presente o passado recente: também ganhamos, conquistamos títulos, mas o entusiasmo...

Os jogadores: ninguém jogou tão mal que mereça nota negativa - nem Hulk, apesar do que referi. O brasileiro, longe do fulgor do jogo frente ao Braga, teve bons momentos, mas quando começou a perder bolas, a discutir mais que a jogar, a complicar e como o resultado estava encaminhado, saiu e saiu bem.
Mas há muitas notas positivas a assinalar, desde logo, João Moutinho. O ex-leão encheu o campo, fez a melhor exibição com a camisola do F.C.Porto e foi o homem do jogo. Ainda sem grande frescura, o que é natural, esteve bem J.Fucile. Idem os centrais, com Rolando ao nível do parceiro do lado, porque marcou um golo, já que Maicon esteve um pouco acima, a cortar e a passar.
Álvaro Pereira, parece que na primeira-parte e principalmente no início dos jogos, entra mal, desconcentrado, a facilitar. Depois acorda e parece outro...
Bem Fernando. R.Micael, bastante melhor que no jogo de sábado. Castro, sempre cheio de vontade, não desperdiçando nenhuma oportunidade e no final do jogo, teve um discurso à Porto, cheio de humildade, que só lhe fica bem. Belluschi, está fantástico, com ele a equipa cresce... Rodríguez, aproveitou bem a oportunidade, ele que precisa de jogar, jogar... Falcao, espero que agora que marcou um golo, acalme, ele que me pareceu sôfrego de mais...Walter, pouco tempo em campo e por isso não teve grandes possibilidades de mostrar serviço.

Uma palavra final para a extraordinária claque do Rapid de Viena... Que belo exemplo de fair-play deram os austríacos, apoiando sempre, mesmo que a derrota, desde muito cedo, se adivinhasse... Muito bem!

Pobre Portugal, nunca mais ultrapassas o trauma da morte de D.Sebastião... E o Mourinho vai nisso?!...

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