domingo, 21 de novembro de 2010
Primeira-parte perdida.
É óbvio e dos manuais do futebol, quando a equipa mais forte não coloca em campo todos os seus atributos, não pressiona, joga devagar e um futebol previsível, a equipa mais fraca fica com a vida facilitada. Foi isso que aconteceu. Bastou ao Moreirense manter juntas as linhas, a concentração, fechar as laterais, para que o conjunto portista passasse por dificuldades e só nos últimos 5 minutos criasse um lance de verdadeiro perigo, por Belluschi, junto à baliza da equipa do Moreirense. Tudo somado, resultado certo no fim dos primeiros 45 minutos.
A segunda-parte, foi melhor, mas apenas um pouquinho melhor.
Aumentamos a velocidade, não muito, diga-se, controlamos melhor o jogo, mas continuamos a ser pouco esclarecidos e pouco agressivos no último terço. Ukra não jogou, Walter quase não jogou e Hulk deu-lhe para complicar e raramente foi capaz de perceber que tinha as linhas para a diagonal tapadas, teimando sempre nas piores soluções, em vez de jogar simples. Valeu Falcao que ao entrar fez a equipa mexer, passar a ter uma referência na área, desorganizar um pouco o último reduto da equipa da 2ª Liga. E tinha de ser o colombiano a decidir um jogo que se arrastava a caminho de um prolongamento, que seria penoso, mas era um castigo que o Dragão fez pouco para não merecer. Até porque mesmo a ganhar a equipa do F.C.Porto nunca foi brilhante, nunca foi capaz de encontrar as melhores soluções para matar o jogo, antes perdendo-se num futebol incaracterístico que fez com que a equipa de Casquilha acreditasse até ao fim e obrigando o último reduto portista a atenção máxima.
Enfim, tudo somado, não há nada a dizer da vitória, que foi justa, perante uma equipa que tem mérito, sem dúvida, mas que beneficiou muito da forma como o F.C.Porto se apresentou. O objectivo a caminho do Tri na Taça foi conseguido, mas com serviços mínimos. Aliás, como tinha acontecido frente ao Portimonense. Espero que o F.C.Porto capaz de serviços máximos regresse em Alvalade. A época não cabou nos 5-0 ao Benfica.
Beto: só fez uma defesa, no lance que Antchouet marcou, mas o árbitro invalidou - lance que me deixou algumas dúvidas - e a defesa, cumpriram sem grande problemas. Gostei de Emídio Rafael, mais a atacar, é verdade, mas não me parece que tenhamos de entrar em pânico porque Álvaro Pereira não joga frente ao Sporting.
Meio-campo: Moutinho não atingiu o brilhantismo dos últimos jogos, o que é natural, num jogador que na quarta-feira correu muito.
Guarín: bem a pressionar, a ganhar a bola, o pior era depois, quase sempre a escolher as piores soluções e a errar muitos passes.
Belluschi: sem atingir um nível elevado, foi o melhor do meio-campo.
R. Micael: ajudou a controlar, mas não muito.
Castro, voluntarioso e pouco mais.
Do ataque já falei. Apenas refiro que Ukra tarda em mostrar serviço. Já não digo com exibições do outro mundo, mas que faça qualquer coisa que se veja...
Paulo Baptista: dúvidas no lance já referido, nenhumas no penalty que ficou por marcar sobre Hulk. Obstrução dentro da área, impedindo um jogador de chegar à bola, é grande penalidade. Marcou e bem, a falta com cartão a Maicon, numa jogada exactamente igual à de Givanildo. Porque não marcou na área do Moreirense?