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domingo, 29 de janeiro de 2012


Com o andor em movimento, carregado de apitadores e afins, era fundamental que o F.C.Porto entrasse no jogo com outra atitude, outra dinâmica, outra rapidez, outra qualidade. Um Porto a mostrar que queria ganhar, capaz de mostrar que, independentemente de tudo e não tem sido pouco, a que temos assistido, não deixaria de cumprir a sua obrigação. Um Porto que mostrasse crença, raça e carácter na luta pelo título. Mas esse Porto não apareceu em Barcelos. 
Lento, precipitado, desconcentrado, previsível, com vários jogadores a nunca entrarem no jogo, o Campeão deu 45 minutos de avanço e só mostrou um cheirinho do que pode e sabe, quando o resultado já estava decidido - como é possível aquele 1º golo? Como é possível 3 jogadores do F.C.Porto, mais o guarda-redes, estarem completamente a dormir e sofrerem aquele golo? O Gil bateu-se bem, teve mérito, é, como tinha dito no post de antevisão, uma equipa bem organizada, mas não fez nada de transcendente. A equipa de Paulo Alves joga sempre assim frente aos grandes e por isso não foi uma surpresa a forma fechada e em contra-ataque como jogou. Houve foi Porto a menos. Também é verdade que a arbitragem foi miserável, com claro prejuízo da equipa azul e branca - penalty não assinalado sobre Defour, que foi atingido e derrubado pela cabeça; penalty contra o F.C.Porto a um minuto do intervalo, que deu o 2 a 0, com o que isso significou no desenrolar da partida, num lance precedido de fora-de-jogo; penalty cometido pelo guarda-redes do Gil sobre Kléber ...-, mas hoje, quando se pedia um grande Porto, capaz até, de ir ao Inferno buscar a vitória, esse Porto não esteve em campo, grande parte dos 90 minutos. E quando esteve, foi pouco esclarecido a encontrar os melhores caminhos, jogou mais com o coração que com a cabeça. Eu, para destroçar Paixão, tinha de ter visto muito mais do meu clube e isso não vi.

Ainda falta muito campeonato, é verdade, mas quando se esperava que a equipa portista fosse capaz de pressionar a liderança, não deixasse cavar um fosso, continuasse a depender apenas de si e mostrasse atributos que dessem confiança numa grande segunda-volta, hoje em Barcelos, o Campeão deu vários passos atrás, pareceu conformado e mostrou que lhe falta alma. E sem alma... fica muito difícil, quase impossível. Este Porto, definitivamente, não dá confiança. Tão depressa aparece bem e parece estar no bom caminho, como logo a seguir borra, da forma mais grosseira, a pintura

Vítor Pereira tem culpas, claro que sim, os treinadores têm sempre culpas quando as coisas correm como correram hoje, mas será uma injustiça considerá-lo o único culpado. Há quem tenha tantas culpas como o treinador... Falaremos disso mais a frio, nos próximos dias...

Não tem sido por falta de apoio que as coisas esta época não têm corrido bem. Os adeptos têm sido exemplares no apoio à equipa, hoje, como sempre.

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