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domingo, 26 de fevereiro de 2012


Uma boa casa, 34.229 espectadores, assistiram ao regresso do F.C.Porto à liderança do campeonato, Liga Zon Sagres, quando vamos entrar no último terço da prova, quando muitos já apregoavam que o vencedor estava encontrado e não era o clube da Invicta... Mas não foi fácil lá chegar. Foi preciso sofrer mais do que o esperado, por culpas, muitas, do Campeão e mérito do Feirense, principalmente, do seu inspirado guarda-redes. Quando falo em culpas do Campeão, refiro-me, obviamente, à péssima primeira-parte da equipa treinada por Vítor Pereira. 
O F.C.Porto dos primeiros 45 minutos parecia uma equipa inexperiente, pouco habituada a liderar e que perante a possibilidade de chegar ao topo da classificação, ficou tolhida de ansiedade, paralisada, incapaz de jogar. Foram tantos os passes errados, tantas bolas perdidas, tantas jogadas inconsequentes, que o público reagiu e assobiou.

Na segunda-parte tudo foi diferente e para muito melhor. Entrando forte, mais rápida a recuperar, a trocar e a soltar a bola, a equipa portista esteve mais esclarecida, melhor organizada, procurou e conseguiu dar mais largura ao seu jogo, encostou o Feirense lá atrás e foi criando situações de golo que Paulo Lopes foi evitando como pôde. O domínio era total, só dava Porto, o Feirense já não saía, o golo adivinhava-se. Adivinhava-se, era justo e podia ter acontecido ao minuto 13, quando Hulk falhou uma grande penalidade a castigar a falta de Luciano, que foi expulso, sobre Janko - falarei deste lance mais lá para a frente... Mas Hulk, que não esteve nos seus melhores dias, falhou e o teimoso zero a zero manteve-se.
Manteve-se a igualdade, mas também se manteve tudo o que de bom a equipa portista vinha fazendo. Com a equipa da Feira só preocupada em defender e menos um homem, Vítor Pereira, bem, tirou Sapunaru, pouco profundo e meteu Djalma. Com o angolano, que entrou muito bem no jogo, o futebol do Campeão ganhou dois flancos, maior largura, tornou-se, se é possível dizê-lo, mais perigoso. Como corolário, uffa, golo de Maicon e Porto na frente do marcador e do campeonato. Passados 5 minutos, James aumentou a vantagem, o resultado ficou decidido, a vitória e a liderança garantidas
Concluindo: má, muito má, primeira-parte. Segunda-parte bom nível. Vitória justíssima, cristalina, que só peca por escassa - merecíamos mais dois ou três golos. Estamos em primeiro lugar, na luta pelo título e com bons níveis de confiança. Mas atenção, não podemos repetir exibições como a dos 45 minutos iniciais da partida de hoje.

Notas finais:
Maicon foi um gigante, tem sido o jogador mais regular do F.C.Porto em 2011/2012. Na época passada, eu incluído, poucos davam alguma coisa pelo jovem defesa brasileiro - irregular, desconcentrado, erros comprometedores... Valeu a teimosia de Vítor Pereira e hoje Maicon está muito mais jogador, um jogador fiável, melhor a central, mas capaz de jogar a lateral, sem comprometer.

Janko estava sozinho dentro da área, bem enquadrado com a baliza, tendo só o guarda-redes pela frente, em posição privilegiada para fazer golo. Foi derrubado por trás por Luciano, de forma clara e que não deixa dúvidas. Penalty e expulsão sem margem para discussão, Feirense a jogar com 10. Mérito do F.C.Porto, que construiu uma jogada que deixou o seu ponta-de-lança na cara de Paulo Lopes. Ouvindo alguns, repisaram até à exaustão que a equipa da Feira jogou com menos um, até parece que o árbitro errou, a saída do jogador do Feirense foi obra e graça do Espírito Santo. Não, foi por obra e graça dos jogadores do F.C.Porto e ao falar-se sempre da expulsão, está a ser-se injusto e de alguma forma, tirar mérito à vitória portista. E que dizer dos responsáveis do clube aveirense? Queixam-se de quê?

Fantástica a foto do Maicon a dar a cambalhota, parabéns Pedro!

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