sábado, 24 de março de 2012
Os jornais desportivos, inclusivamente o panfleto da queimada, são unânimes em reconhecer que a arbitragem de João Capela foi positiva e Aimar bem expulso. Como perceber então a gritaria benfiquista e as patéticas declarações de Jesus, mesmo depois de ter visto as imagens? À priori, seríamos tentados a dizer que o homem está desorientado, senil, quase cego, não está na posse de todas as suas faculdades. Mas, não é por aí. É muito mais grave do que isso. Tem a ver apenas com a impunidade que o Benfica, dirigentes, técnicos, jogadores e adeptos, gozam neste país e que depois lhes permite dizer e fazer tudo, sem que daí advenham quaisquer consequências - os adeptos, sim, têm claques que continuam na ilegalidade e são tratadas como se estivessem dentro da lei, pela polícia, pelos orgãos da justiça desportiva, pelos orgãos estatais. Jesus sai da área técnica e aos berros dá uma imagem de grande falta de Fair-Play, pedindo a Artur, que estava de pé, se faça lesionado e se atire para o chão; Jesus coloca em causa a seriedade de um árbitro auxiliar; Jesus, mesmo perante imagens que mostram, sem margem para dúvidas, que Aimar foi bem expulso, diz que o seu jogador não devia ter visto o vermelho. Consequências? Nenhumas. Se fosse outro treinador o que aconteceria na justiça desportiva e na comunicação social? Era castigado e trucidado.
Nota final:
Incapaz de disfarçar o ataque de azia que lhe provocou o empate do Benfica em Olhão, esse escroque do jornalismo, esse freteiro com calo no cú como o macaco, chamado Delgado, assina um editorial inqualificável, baixo, ordinário, onde, sem vergonha e sem pudor, faz a teoria da cabala, atirando-se ao árbitro a Pinto da Costa e ao treinador do F.C.Porto.
- Pois é Serpa, os adeptos são apaixonados, às vezes irracionais na forma como vivem os seus clubes, mas quando um "jornalista", que é sub-director do teu jornal, se porta como o mais fanático e fundamentalista dos adeptos, bem podes continuar a pregar que só vais ouvir: quem tem tantos e tantos telhados de vidro, devia ter pudor em dizer certas coisas. Ia acrescentar: começa por olhar para a tua casa, arruma-a... Mas arrependi-me, não passas de uma marioneta, uma rainha de Inglaterra, ninguém te leva a sério...