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quarta-feira, 2 de julho de 2014


Os regressos ao trabalho do F.C.Porto já não são o que eram. No passado, cada vez mais longínquo - como o tempo voa, nossa...-, o primeiro dia motivava um corrupio de gente ao saudoso Estádio das Antas, eram aos milhares os portistas que se juntavam junto ao departamento de futebol, na antiga Superior Sul, para verem entrar os jogadores, as caras novas que já se sabiam ter ingressado no F.C.Porto e na esperança de aparecer alguém de novo pela mão do Presidente. Um dos que chegou nessas circunstâncias foi Nuno Capucho, o primeiro jogador de Jorge Mendes a chegar aos Dragões. Os antigos e os novos, recebiam logo ali um banho de entusiasmo portista, umas belas palmadas nas costas, palavras de ânimo e de incentivo. Com a passagem para o Olival tudo mudou, é tudo mais privado, mais calmo, mais organizado, mais profissional. Mas tenho saudades desses tempos, tempos em que a alma e a mística portista estava bem mais presente.

Soltas para encher a página:
Qual Illarramendi, qual Camacho, qual Brahimi, o médio que eu queria é o americano Michael Bradley. Técnica, capacidade física para ir e vir, sempre, qualidade de passe, mesmo em passes de rotura, marca ritmos... que jogador!

Pelos vistos, a Paulo Fonseca deu-lhe para a comédia. OK, ter sentido de humor é óptimo, principalmente nos tempos difíceis que atravessamos. Lamentavelmente, na origem da veia humorística do senhor Fonseca está a sua prestação ao serviço do F.C.Porto. Que, até custa recordar, sob o seu comando, teve uma das piores prestações dos últimos 30 anos.

A fase de grupos do Mundial já tinha sido boa, mas os oitavos-de-final foram fantásticos e tiveram vários jogos que foram um verdadeiro hino ao desporto-rei. Houve tudo que quem gosta de futebol exige: competitividade, com selecções menos favoritas a baterem o pé às mais cotadas; jogos de qualidade, com grandes jogadas e grandes golos; vários jogos com emoção até ao último segundo; muitos jogadores em grande nível, alguns, belíssimas surpresas; uma disponibilidade física e mental de quase todos que importa destacar - houve quem deixasse a última gota de suor dentro do campo e após o apito caísse prostrado. Ao fim e ao cabo, o Mundial do Brasil tem tido tudo o que se pede à prova mais importante do Desporto Mundial. Mas esta constatação ainda torna mais notória a ridícula prestação da selecção portuguesa - sem consequências... pelo menos até ser encontrado o bufo. E por isso ao ouvir ontem alguém conjecturar sobre o que podia fazer Portugal frente à Bélgica, se estivesse no lugar dos Estados Unidos, só deu vontade de rir.

É, não devo perceber nada de futebol, porque não vi aquilo que muitos viram: William de Carvalho fazer algo de muito relevante no Brasil. Vi um raio de acção muito limitado - Costinha, o trinco mais fixo que me lembro e que brilhou no F.C.Porto e na selecção, tinha um raio de acção maior e para além disso era muito mais importante, até decisvo, nas bolas paradas defensivas e ofensivas -, muitos toques para trás e para o lado, sempre que arriscou mais qualquer coisa, sair a jogar ou passar mais longo, fez asneira. Frente ao Gana em que era preciso pensar e executar rápido, o médio do Sporting teve dificuldades em dar seguimento e complicou. Sendo assim, o que viram eles que eu não vi? A não ser que a comparação seja entre o mau e o medíocre menos.

Por falar em Sporting, a época ainda nem começou e o choradinho calimero já está aí. Inácio já deu o mote: "Se houver igualdade estamos muito perto de conquistar o título"

Alguns que arrasaram Carlos Queiroz estão muito incomodados com as críticas à selecção e ao seleccionador. São os pimpins desta vida...

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