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quinta-feira, 9 de outubro de 2014


Vivemos tempos muito complicados, de crise profunda, propícia ao aparecimento do maneirismo e chico-espertismo. Os salta-pocinhas dão cartas, os habilidosos sem carácter e sem vergonha na cara, governam-se, são os "maiores", o povo, esse, é sereno. A comunicação social não escapa a esta podridão, a economia domina o jornalismo, vale tudo para garantir audiências e vender papel. Quando rádios nacionais fazem relatos pela televisão; ou os jornais, para pouparem nos enviados especiais, fazem crónicas e análises individuais aos jogadores pela caixa que mudou o mundo, está tudo dito. O princípio do contraditório? Vai no Batalha! A ética e deontologia? No Olímpia! O destaque não é dado a quem o merece - ainda anteontem o France Football no lançamento do França - Portugal destacava o F.C.Porto como um dos exemplos em que os portugueses eram melhores que os franceses -, mas a um qualquer asno, por mais troglodita e trauliteiro que seja; qualquer perna de pau que faça um bom jogo ou marque um golo bonito é elevado à categoria de novo... Eusébio! Um grande jogo, o melhor do campeonato até ao momento, como foi o F.C.Porto - S.C.Braga é reduzido a um possível penalty; um rafeiro chamado Sousa Martins, num programa onde estão dois ex-directores de comunicação, um do Sporting, Pedro Sousa e outro do Benfica, Eládio Paramés - o que diz tudo sobre a isenção do programa...-, destaca e até faz um inquérito com a pergunta: "A arbitragem de Pedro Proença beneficiou o F.C.Porto?". Se juntarmos a isto o mito dos "6 milhões", o facciosismo e sectarismo de alguns vendidos manhosos e macacos com e sem calo no cu ou as discriminações, extrapolações ou omissões, conforme dá jeito e não raras vezes ultrapassam todos os limites da decência, está tudo dito sobre as enormes dificuldades que o F.C.Porto tem de enfrentar.

Resumindo e concluindo:
Quando era miúdo ouvi uma frase que me ficou na memória: há homens, homitos, macacos e macaquitos. Pegando nessa definição e aplicando-a ao momento que atravessamos, Portugal, nesta como em muitas outras áreas, é cada vez mais um país de poucos homens, muitos homitos, proliferam os macacos e macaquitos.

Nota final:
No seu artigo no panfleto da queimada de ontem, Eduardo Barroso vem choramingar, clamar por decência, porque se sentiu ofendido com algo que lhe disseram no passado domingo - não sei o que foi, não ouvi, nem li. Mas é preciso ter uma grande lata! Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele e Eduardo Barroso veste em todas as suas aparições e posições públicas sobre futebol a pele de lobo. Mete-se com toda a gente, falta constantemente ao respeito a profissionais e instituições, tece as mais tenebrosas teorias da conspiração, até chegou a dizer que um ex-treinador do F.C.Porto tinha no banco comportamentos de símio. Quem tem esta postura, queixa-se de quê? Tem alguma moral para criticar alguém ou para falar em decência? Só porque é o senhor doutor, pode dizer o que quer e os outros têm de baixar a crista? Há os tais homitos, macacos e macaquitos que baixam. Mas ainda há homens que têm a espinha direita e lhe dão as respostas que merece.

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