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quarta-feira, 5 de novembro de 2014


Como se fosse pouco tudo o que disse no post de antevisão sobre o Athletic de Bilbao e San Mamés, ainda foi preciso juntar um relvado em mau estado, pesado, propício a um jogo de choques, de muita luta, claramente mais favorável aos bascos que aos portuenses. Mas e ao contrário do que se esperava, não houve fúria espanhola, os pupilos de Ernesto Valverde apareceram tímidos, inibidos, sem arriscarem nada, o F.C.Porto, esteve sempre por cima, merecia ter chegado ao intervalo em vantagem. O conjunto de Lopetegui que  fez uma excelente primeira-parte, dominou, controlou perfeitamente o Athletic. Foi um Porto com atitude, pressionante, que contou com uma defesa sempre atenta e segura; um meio-campo muito bem organizado e com excelente sentido de entreajuda; um Porto que foi capaz de se soltar para o ataque com Herrera e Óliver, sem esquecer os laterais, a apoiarem um endiabrado Brahimi e um Jackson em bom plano - apenas Tello esteve aquém das expectativas. Com os Dragões superiores em todos os capítulos, a jogar bem e a ter as melhores oportunidades, contei pelo menos três que podiam ter terminado em golo, seria mais que justa a vantagem portista ao intervalo. E só não aconteceu porque, talvez pela sexta ou sétima vez, Jackson falhou mais um penalty, atirando por cima, com a bola ainda a bater na barra, quando faltavam apenas 5 minutos para o descanso. Uma grande tristeza, uma enorme desilusão. Não pode ser, não podemos continuar a insistir em quem já deu provas mais que suficientes que não sabe marcar penaltis.
Resumindo: quando podíamos ir para a segunda-parte tranquilos e em vantagem, fomos para a etapa complementar com a esperança de não vir mais tarde a lamentar um erro crasso, erro que nestas provas às vezes pagam-se caro. Felizmente, não foi o caso.

A segunda-parte, tirando os minutos iniciais, em que o Athletic ameaçou, foi muito semelhante à primeira, apenas houve mais eficácia, os Dragões marcaram dois golos, podiam ter marcado mais um ou outro, venceram com naturalidade e com toda a justiça. Foi um Porto com carácter, coragem, qualidade. Um Porto tacticamente irrepreensível, um colectivismo notável e o talento a sobressair. Estou muito contente e muito orgulhoso por ver o F.C.Porto a dar os sinais correctos e a caminhar pelo caminho certo.

Uma palavra para os adeptos do F.C.Porto que em muito menor número, nunca se calaram e não houve Inferno de San Mamés. Espero que depois desta brilhante jornada europeia, defintivamente, os portistas acreditem nesta equipa, neste treinador. Temos gente para fazer coisas bonitas, temos uma equipa de Champions.

Estamos apurados a duas jornadas do fim, com brilhantismo e prestígio consolidado, para os oitavos-de-final. Primeiro objectivo europeu conseguido, mas ainda queremos ser primeiros no grupo para evitar os tubarões. E depois, com a qualidade que temos, com a evolução natural que vamos conseguir e que no futuro nos vai tornar mais fortes... temos direito ao sonho - até temos outra vez magia do Magrebe... E para um treinador que só tinha treinado "miúdos" e sem experiência na Champions League... também não está mal, não senhor

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