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sexta-feira, 25 de setembro de 2015


Depois do Benfica e antes do Chelsea, este jogo de Moreira de Cónegos era um bom teste à mentalidade competitiva do F.C.Porto. Nestes jogos, mesmo que o adversário tenha a lição bem estudada e faça um bom jogo, só há surpresa se o mais forte não for competente, não tiver a atitude e o espírito correcto ou então muito azar e uma arbitragem a favorecer o mais fraco. Assim, a questão era: estaria o conjunto de Julen Lopetegui totalmente focado no Moreirense, penúltimo classificado e com apenas 1 ponto? Ou embalado pelo triunfo frente ao clube do regime e já com a cabeça na Champions League, teríamos um Dragão displicente, relaxado, de serviços mínimos, à espera que acontecesse e não a fazer acontecer? Foi o pior Porto, um Porto lento, adormecido, displicente, uma recaída que não permite uma sequência de resultados positivos que dão confiança e tranquilidade. Foi uma vergonha, a forma como depois de ter chegado ao 2-1 e já a poucos minutos do fim, o conjunto de Lopetegui nunca mais foi capaz de ter e segurar a bola, sair do seu meio-campo. Recuou como se fosse uma equipa pequena, nunca pressionou, deu a iniciativa ao Moreirense que ameaçou, só não marcou porque Iker Casillas fez uma grande defesa, mas marcaria já no fim, castigando uma exibição para esquecer do F.C.Porto, em particular nos primeiros 45 minutos.

Com apenas três alterações em relação à equipa que entrou de inicio na jornada anterior, Danilo, Herrera e Osvaldo nos lugares Rúben Neves, Imbula e Aboubakar, o F.C.Porto com Casillas, Maxi, Maicon, Marcano e Layún, Danilo, Herrera e André André, Corona, Osvaldo e Brahimi, na primeira-parte, mesmo dominando e tendo uma grande percentagem de posse de bola, jogou pouco, valeu apenas o golo de Maicon num livre exemplarmente executado e quando iam decorridos 17 minutos. É verdade que o Moreirense estava estava muito atrás, raramente saía para jogar, mas faltou intensidade, dinâmica, capacidade para acelerar no último terço. E com Herrera sem rotação e muito recuado, Brahimi muito individualista - inacreditável as quantidade de vezes que Layún se solta no espaço e a bola nunca lhe é passada...-, Corona com pouco espaço, Osvaldo esteve sempre desamparado, nunca foi servido em condições, quando foi, criou um lance que podia ter sido golo, valeu a boa estirada de Stefanovic.
Resumindo, Dragões pouco inspirados, pouco agressivos, estavam justamente na frente, mas esperava-se muito mais. Já sobre o final dos 45 minutos, Brahimi lesionado deu lugar a Varela.

No início da segunda-parte, como que a castigar a pasmaceira portista dos 45 minutos iniciais, o Moreirense empatou, com uma jogada pelo centro de defesa e contando com a complacência dos centrais e médios portistas. Reagiu como lhe competia o F.C.Porto, acelerou um bocadinho, encostou a equipa de Miguel Leal lá atrás, mas mesmo tendo duas ou três boas oportunidade, nunca foi uma equipa mandona, clarividente, esclarecida, contundente. Ainda chegou à vantagem, mas pelas razões expostas em cima, nem a diferença mínima foi capaz de aguentar. Lamentável!

Nota final:
Está mais que visto, esta equipa não dá motivos para grandes optimismos. Nós bem queremos acreditar, mas logo de seguida levamos com um balde de água gelada que nos coloca na realidade e a realidade é esta: depois de uma boa vitória, vem um empate comprometedor. Há pontos que não se podem perder.
Hoje em Moreira de Cónegos e mais uma vez, o F.C.Porto só teve adeptos.

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