segunda-feira, 18 de agosto de 2025
Depois de uma semana muito difícil, mas que terminou da melhor maneira com uma vitória clara e uma exibição que não sendo superlativa, já foi muito razoável atendendo à altura da época, na 2ª jornada o FCP tinha em Barcelos, frente ao Gil Vicente, um jogo de risco elevado contra uma equipa que nos últimos anos tem criado grandes dificuldades ao conjunto da Invicta - por exemplo, na temporada passada os barcelenses venceram por 3-1.
Farioli fez entrar Diogo Costa, Alberto, Nehuén, Bednarek e Zaidu, Varela, Gabri e Froholdt, Pepê, Samu e Borja - uma única alteração e forçada em relação ao onze que iniciou o jogo com o Vitória: Zaidu no lugar de Martin Fernandes - e o FCP entrou dominador, mas um pouco lento na saída - principalmente por parte dos centrais. Quando saiu bem faltou melhor decisão e mais contundência no último terço.
Aos 20 minutos, num lance de bola parada, canto. Gabri Veiga bateu, Victor Froholdt marcou. Dragões na frente do marcador.
Samu encheu o pé, mas saiu muito por cima.
Pouco depois foi Pepê a ameaçar.
Aos 30 minutos saiu Samu lesionado - pena. Está muito mais assertivo, ligado à equipa -, entrou Luuk de Jong.
O Gil ameaçou pelo lado direito, porque Zaidu ia muito para dentro.
Entretanto emergiu um baixinho que marcava tudo contra o FCP e nada a favor. A baliza de Diogo Costa passou por dois lances de muito perigo. Não era um bom período dos azuis e brancos.
Borja em vez de rematar tentou fintar. Fez isso várias vezes. Para quê? É preciso ser mais objectivo. Procurar mais a baliza em vez de enfeitar.
O jogo chegou ao intervalo com a vantagem justa, mas a exibição foi perdendo qualidade com o desenrolar do jogo.
Na 2ª parte, FCP com os mesmo que finalizaram a 1ª. E não podia ter reiniciado melhor o jogo. Bela jogada de envolvimento pela esquerda, Gabri Veiga para Zaidu, linha de fundo, cruzamento atrasado, entrada fulgurante de Pepê para o 2° do FCP.
Amarelo para Alan Varela aos 50 minutos.
A vencer por dois golos de diferença, era importante manter o foco, não relaxar, procurar marcar novo golo. Manter a pressão, circular bem, controlar e contra-atacar com critério.
Aos 58 entraram Eustaquio e William, saíram Gabri Veiga e Borja Sainz.
Alberto Costa ia entregando o ouro ao bandido.
Eustaquio sozinho tinha tudo para marcar, mas o remate foi um desastre.
Alberto Costa não aprendeu com o erro anterior.
Aos 77 saíram Alberto Costa e Pepê, entraram Zé Pedro e Rodrigo Mora.
O jogo ia caminhando para o fim, no tempo de desconto, Zaidu, Luuk, Mora falhou o 3° na cara do guarda-redes.
O jogo terminou com a vitória justa, clara, de um FCP competente. Adoro o espírito desta equipa. A equipa de Francesco Farioli foi quase sempre uma equipa organizada, compacta, permitiu pouco, na 2ª parte, nada, podia ter feito mais um ou outro golo.
É preciso realçar que é um campo onde os Dragões têm tido dificuldades, mas hoje tirando aquele período final da 1ª parte, nunca correu grandes riscos.
Uma palavra final para a arbitragem. Uma arbitragem vergonhosa de Ricardo Baixinho. Faltas e mais faltas contra o FCP, muitas dificuldades em marcar faltas a favor - 20-9.
É preciso ter cuidado com esta gente. A melhor maneira de não lhes dar hipóteses é jogar bem, se tiver de ser contra os árbitros, terá de ser.
Vou esperar para ver a análise àquela cotovelada na cara de William que foi dentro da área.
PS - Podia destacar Victor Froholdt, Se o dinamarquês me enche as medidas e é o tipo de jogador que adoro pela entrega, pela intensidade, pela capacidade de ir e vir e até marcou, mas vou destacar Jan Bednarek. O central polaco é um excelente central e o líder que esta equipa precisa. Também é a prova provada que não é preciso muitas salamaleques, muitos beijinhos na camisola, apregoar portismo. Basta ser profissional no tudo isso significa. Um bom exemplo de tudo que Jan Bednarek significa, é olhar para este Nehuén e compará-lo com o da época passada.