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sábado, 12 de março de 2016


Não é fácil, chega a ser uma dor de alma, caminhar semana após semana para o Dragão e ver estas exibições tão aquém do que se exige a uma equipa do F.C.Porto, mesmo frente a equipas muito inferiores. Adiante...

Um golo, mais uma ou duas oportunidades perdidas, uma ou outra jogada bem conseguida, um grande calafrio ao minuto 44 - o jogador do União estava sozinho, teve tudo para fazer golo, mas e ainda bem, deslumbrou-se -, numa primeira-parte sofrível do F.C.Porto, com alguns jogadores, Corona e Aboubakar, em particular, claramente em sub-rendimento e com os restantes também não muito inspirados. Foi mais do mesmo. Continuamos com um futebol trapalhão, previsível, complicamos, erramos passes fáceis, perdemos-nos em fintas e toques a mais, falta rapidez no pensamento e na execução, a bola raramente sai no momento e direcção correctas.
Tudo analisado, ao intervalo a vantagem era justa e pela diferença certa, mas faltou qualidade ao futebol dos azuis e brancos.

A vencer pela diferença mínima e com o jogo ainda em aberto, o conjunto de José Peseiro veio para a etapa complementar com vontade de resolver cedo, aumentar a vantagem, evitar qualquer surpresa. E na verdade entrou bem, conseguiu fazer o segundo golo iam decorridos 5 minutos, num excelente remate de Herrera. A
vencer por dois golos de vantagem, tudo parecia correr bem para os Dragões, tudo indicava que com o segundo golo a equipa ganharia a confiança necessária, iríamos assistir a uma exibição aceitável e a uma vitória tranquila. Mas, está visto, esta equipa não é capaz de nos surpreender pela positiva. Em vez de ir à procura do terceiro, pensou que o resultado esta feito, o jogo decidido, desligou, relaxou, desconcentrou-se, a organização que já não era famosa, piorou, deu espaços, pior ainda, não meteu o pé - a falta de agressividade desta equipa mete dó - estendeu uma passadeira, o União aproveitou e reduziu. Herrera logo de seguida, isolado, podia ter colocado novamente a vantagem em dois golos, mas permitiu a defesa do guarda-redes. Como no futebol, quem não marca sujeita-se a sofrer, quase logo de seguida, mais uma passadeira estendida, os insulares chegaram ao empate, perante uma plateia incrédula com o que estava a acontecer.

Quando pensamos que já nada nos pode surpreender, ali estava mais uma surpresa daquelas... Faltavam 22 minutos para o fim e daí até final, sem jogar bem, com mais coração que cabeça, o F.C.Porto foi à procura da vitória, do golo que lhe permitisse evitar mais um escândalo de grandes e graves proporções. Conseguiram-no já quase em cima do minuto 90, por Corona e num frango de Ricardo Campos, mas acabaram o jogo à rasca e dar pontapés para a frente.
Foi, note-se, uma vitória justa, mas de facto, é preciso muita tolerância e paciência para aguentar estas constantes más exibições. Exibições que deixam o universo que torce pelo F.C.Porto cada vez mais desanimado e desencantado.
José Peseiro não tem tido vida fácil, tem sido obrigado a improvisar em quase em todos os jogos, há jogadores claramente com as cabeças completamente tortas, a bola parece que tem picos, mas que diabo, era apenas o União da Madeira...

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