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quarta-feira, 13 de julho de 2016


Se o F.C.Porto fosse um clube rico e com capacidade para ter dois jogadores de qualidade para cada lugar, não estaríamos aqui a discutir porque já tendo gasto mais de 6 milhões ao accionar a cláusula de opção do mexicano Miguel Layún, seu lateral-esquerdo titular na época passada, vai agora gastar um valor semelhante noutro lateral-esquerdo, Alex Telles. Mas como o F.C.Porto não é um clube rico, os tempos não estão nada fáceis e precisando muito de vender, ainda não vendemos - as contas do ano 2015/2016 vão apresentar um enorme prejuízo, cujas consequências neste momento ainda não podem ser avaliadas - sem esquecer que há outras prioridades - não estando na cabeça do treinador, em primeiro lugar um ponta-de-lança e em segundo um extremo... -, como justificar a contratação do lateral brasileiro ex-Galatasaray, com uma passagem na temporada anterior pelo Inter? Porque Alex, para além de ser um lateral tecnicamente evoluído, que não compromete a defender e ataca bem, é, ao contrário de Layún, um esquerdino e por isso não precisa de mudar de pé quando chega a hora de cruzar, com as vantagens inerentes? Porque Nuno Espírito Santo até pode utilizar Layún na esquerda da defesa, mas apenas como recurso e tem na cabeça outras possibilidades para o polivalente mexicano? Há mouro na costa do mexicano? Não sei, mesmo reconhecendo que Alex Telles teoricamente tem tudo para dar certo e ser uma excelente aquisição, neste momento não percebo a necessidade da sua contratação. Mas espero vir a perceber brevemente. Sim, porque tem de haver uma explicação para o F.C.Porto investir mais de 12 milhões em dois laterais quando há nos quadros do clube uma alternativa. Refiro-me a Rafa, um jovem que embora ainda precise de crescer, já dá garantias mínimas. Para além do mais, depois de Rúben Neves e André Silva, seria mais um sinal que a formação conta e nestas alturas de crise, muito mais.

Panfletadas
O, chamemos-lhe Caso Lucas Silva, é sintomático da forma como se faz jornalismo no panfleto da queimada. Resumidamente, a história é simples: na sexta-feira, o panfleto dirigido pelo "Pastel de Belém", trazia uma peça em que, sintetizando, dizia-se que o F.C.Porto estava a fazer pressão por Lucas Silva - clicar na foto da esquerda para ler.
No sábado, enquanto na capa se destacava que Lucas Silva, afinal, ia para o Sporting e que o F.C.Porto tinha sido ultrapassado, no interior, para além da vitória leonina, depois de várias derrotas, constava que o jogador estava em Lisboa desde sexta-feira de manhã, note-se, poucas horas depois de se dizer que os Dragões pressionavam - clicar na foto do lado direito. Nesse mesmo sábado, como sabem, o F.C.Porto em comunicado desmentiu a notícia. Ora, acham que o panfleto publicou o comunicado? Não, não publicou. Portanto e concluindo: o rigor, ética e deontologia, foram claramente pisadas, isto pode ter vários nomes, jornalismo... não é de certeza e situações destas são o dia a dia na comunicação social portuguesa. Reacções de quem de direito a estas poucas vergonhas? Nada. Mas se amanhã, cansado de tanta desfaçatez, o F.C.Porto reagir a sério contra o panfleto, aí, não faltarão as do Sindicato dos Jornalistas, seguramente que lá vem o Presidente da Carteira de Jornalistas, Henrique Pires Teixeira, falar em crimes contra a liberdade de informação, tal como fez quando Cristiano Ronaldo atirou o microfone da lixeira da manhã tv ao lago.

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