sexta-feira, 10 de março de 2017
Em Arouca, o F.C.Porto tinha pela frente mais um obstáculo para ultrapassar, neste mini-ciclo que tem como primeiro objectivo, chegar ao jogo na Luz, frente ao Benfica, no mínimo, a um ponto da liderança. Objectivo atingido, uma exibição séria, uma vitória clara, a nona consecutiva, mais uma goleada e mais um jogo sem sofrer golos. Agora vamos dormir, pelo menos, três noites na liderança, estamos no caminho correcto, não há machado que corte a ambição do Dragão, um Dragão forte, tranquilo, confiante, competente.
Em relação ao jogo frente ao Nacional, Nuno Espírito Santo(NES) fez apenas uma alteração, regressou Maxi, saiu Layún, alinharam de início, para além do uruguaio, Casillas, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Óliver, André André e Brahimi, André Silva e Soares, uma equipa motivada, moralizada, a atravessar um bom momento. Sem precisar de uma grande dinâmica, impor um ritmo alto e exibir a grande altura, o conjunto da Invicta, que hoje alinhou com o tradicional azul e branco, começou cedo a tomar conta do jogo, a dominar, embora sem criar grandes oportunidades, ia chegando com alguma frequência à baliza de Bracali. Estava o jogo assim, quando Brahimi marcou uma falta a meio do meio-campo adversário, bola na área, Danilo saltou e de cabeça inaugurou o marcador. Iam decorridos 15 minutos, F.C.Porto naturalmente na frente, estava feito o mais difícil. O Arouca sentiu o golpe e passados apenas 3 minutos, Soares completamente sozinho, atirou ao poste, desperdiçou uma claríssima oportunidade. Mas não foi necessário esperar muito, mantendo a mesma toada, os Dragões aos 25 aumentaram a vantagem, com o ponta-de-lança brasileiro, também de cabeça e após cruzamento de Óliver, redimiu-se, fez o 0-2 e conseguiu naquele momento o feito de molhar a sopa em todos os jogos do campeonato, desde que chegou ao Dragão. A vencer por dois golos de diferença, uma vantagem que era confortável, mas não decisiva - um golo da equipa de Manuel Machado podia alterar tudo - e com muito tempo ainda pela frente, era importante que o F.C.Porto mantivesse a concentração, atitude, continuasse a atacar, aproveitasse os espaços que o Arouca, forçado a arriscar, iria dar, tentasse fazer o terceiro, matasse o jogo. Não fez e até ao intervalo, apesar de uma reacção do conjunto da casa, os portistas continuaram por cima, se não fizeram o terceiro, também nunca correram grandes riscos, o Arouca raramente incomodou Casillas.
Resumindo, primeira-parte não foi exuberante, mas foi bem conseguida, eficaz, dois golos de vantagem, uma vantagem que era justa, estava tudo bem encaminhado para mais um sucesso.
No regresso das cabines, NES não mexeu e a segunda-parte foi muito semelhante à primeira. Dragões sempre melhores, mais bola, mais perigo, mais ataques, Arouca a tentar dar um ar da sua graça, mas sem perturbar muito a tranquilidade dos azuis e brancos. E quando aos 70 minutos, o treinador do F.C.Porto resolveu ir ao banco, tirou André Silva e meteu Diogo Jota, acertou em cheio, o jovem avançado aproveitou uma assistência de Brahimi e fez o terceiro golo, acabou com todas as dúvidas, que na altura já não eram muitas, sobre com quem ficariam os três pontos.
Quase logo de seguida, Brahimi, mais um grande jogo, deu lugar a Otávio - mais tarde André André daria o lugar a João Carlos Teixeira - e passados 10 minutos, mais golo do inevitável Tiquinho Soares, desta vez a passe de Maxi Pereira. Estava feito o resultado, mais quatro marcados e nenhum sofrido, fruto de uma exibição equilibrada e competente, de uma equipa cada vez mais confiante que pode chegar lá...
Nota final:
E continua o colinho dos adeptos do F.C.Porto à sua equipa, um apoio que se nunca faltou nos tempos complicados, obviamente não vai faltar agora que as coisas correm muito bem. Os Dragões estão crentes, determinados, motivados e moralizados... e quando é assim é difícil pará-los.