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quinta-feira, 9 de março de 2017


Chegar ao jogo da Luz, no mínimo, a um ponto do Benfica, é o objectivo e o grande desafio que se coloca ao grupo de trabalho do F.C.Porto, liderado por Nuno Espírito Santo. Por isso não há muito a dizer para o jogo frente o F.C.Arouca: tem de ser um Porto com a atitude que o tem caracterizado desde o início da época - algumas exceções apenas confirmam a regra -, junte à atitude, uma dinâmica, pressão e um ritmo alto, uma intensidade e qualidade de jogo que já vai aparecendo em períodos mais longos. Se for assim e com o apoio entusiástico de muitos milhares de portistas, estaremos em condições de ultrapassar um adversário difícil, uma equipa orientada por um treinador que conhece bem o F.C.Porto, o futebol português, sabe bem aquilo em somos mais forte e os nossos pontos mais fracos e conquistar a nona vitória consecutiva.
Como disse em relação a Bruno Paixão, deixemos o árbitro em paz... se Hugo Miguel não estiver numa noite feliz, temos de ser capazes de ultrapassar mais esse obstáculo, sair de Arouca com os três pontos, voltar à liderança, mesmo que possa ser apenas por uns dias.

A minha equipa:
Casillas, Maxi, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Óliver e André André, André Silva, Soares e Brahimi.

Recordam-se todos que na época passada e  a contar para os Dezasseis-avos-de-final, da Liga Europa, o F.C.Porto defrontou o Borussia Dortmund. Na altura os Dragões atravessavam uma fase difícil, tinham várias baixas, Peseiro teve de improvisar, na Alemanha, Varela foi lateral-esquerdo, Miguel Layún defesa central, José Ángel no lado esquerdo da defesa, Sérgio Oliveira no meio-campo e Marega no ataque. Ninguém teve em conta essas atenuantes, na altura o Borussia foi considerado um adversário difícil, mas a grande equipa da Alemanha, disserem eles, era o Bayern. O F.C.Porto perdeu 2-0 no Signal Iduna Park, apesar de no ataque alemão estarem Reus, Aubameyang e Mkhitaryan, foi um resultado que não desprestigiou e deixou tudo em aberto para a segunda-mão, embora a tarefa fosse quase impossível. No Dragão o F.C.Porto voltou a perder, 0-1, mas não merecia, para além do golo em fora-de-jogo, a equipa de Peseiro fez o suficiente para merecer outro resultado. Como conclusão, deixei este comentário na altura:
«Concluindo e repetindo, passou a melhor equipa, mesmo que no jogo de hoje o resultado mais certo fosse a igualdade. O F.C.Porto mostrou algumas debilidades colectivas e individuais, debilidades que em jogos desta exigência e deste nível, se tornam muito mais notórias.»

Na eliminatória entre o Benfica e o Borussia, apesar do autêntico massacre que aconteceu no jogo da Luz, em que só um milagre impediu que os alemães tivessem decidido a eliminatória em Lisboa, alguma comunicação social portuguesa tentou dar a ideia que ontem era um jogo de campeões. Agora, com a realidade cruel bem à vista, lá tentam disfarçar, colocar paninhos quentes, como se aquilo que aconteceu fosse uma surpresa. Não foi, foi normal, natural, este Benfica, como não me canso de dizer, frente a equipas com alguma qualidade, não tem tido muitos argumentos, é claramente uma equipa extrapolada, idem para o seu treinador.
Não se trata de ficar contente com o mal dos outros - embora, deseje tanto sucesso ao Benfica como os benfiquistas desejam ao F.C.Porto... -, trata-se de colocar as coisas no seu devido lugar. Como sou sempre objectivo quando se trata do meu clube e por isso não fiquei admirado, mas conformado, com o que se passou no F.C.Porto 0 - Juventus 2, não gosto que me apresentem constantemente uma realidade que só tem cabimento na cabeça de alguns freteiros e recadeiros, na propaganda ao serviço do clube do regime. Sabemos todos porque acontece: é fundamental manter a chama acesa, não se pode dizer nada que possa perturbar o histórico tetra, agora ainda mais, um desígnio nacional.
As minhas fisgas estão e vão continuar sempre prontas a disparar.

Termino com uma nota final:
Depois da goleada sofrida pelo Benfica em Dortmund, o programa da Rádio Renascença, Bola-Branca, às 12:45, abriu com Rui Gomes da Silva, o popular Chouriço, a comentar e a criticar as declarações do presidente do F.C.Porto à Revista Dragões. É preciso ter uma paciência infinita para aturar este jornalismo de sarjeta.

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