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domingo, 20 de agosto de 2017


Com o Dragão novamente cheio, 46.509 espectadores, debaixo de um calor abrasador, de ananases, como dizia Eça de Queiroz; após um hino cantado à capela, num momento muito bonito, daqueles que arrepiam mesmo os mais traquejados e habituados há muito a estes acontecimentos; e depois de um minuto de aplausos que substituíram, lamentavelmente, os antigos minutos de silêncio em que não se ouvia nem uma mosca, em memória daqueles que perderam a vida nos trágicos acontecimentos em Portugal e Espanha; F.C.Porto e Moreirense defrontaram-se e venceu, tranquilamente, justamente e sem qualquer margem para reparo, a melhor equipa.

Entrando com apenas uma alteração em relação à equipa que tinha iniciado o jogo de Tondela, Maxi no lugar de Ricardo - se bem conheço o treinador do F.C.Porto, a troca deve ter a haver com aquilo que se tem dito sobre o lateral uruguiao nos últimos tempos: Maxi perdeu espaço, nem para o banco vai; Porto quer ver-se livre de Maxi, porque ganha muito... Pronto, agora que vão dizer os entendidos, depois de Maxi aparecer como titular e Ricardo na bancada? -, os restantes 10 foram Casillas, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo e Óliver, Corona (aos 67 minutos Hernâni), Marega, Aboubakar ( Layún aos 83) e Brahimi (saiu ao intervalo e entrou Otávio), o F.C.Porto como lhe competia, entrou a dominar, encostou o Moreirense lá atrás, mas com um futebol pouco dinâmico, pouco fluído e pouco esclarecido. Marcano, Óliver, Corona e Brahimi, estavam a complicar em vez de simplificar - o internacional argelino para além disso deu sempre a ideia de estar condicionado -, a bola não circulava com a rapidez e qualidade necessária, rareavam as opções ideais, o perigo rondava a baliza de Jhonatan Luiz, mas o golo não aparecia. Quando o conjunto de Sérgio Conceição fez bem, a bola entrou no tempo certo e no espaço vazio, os desequilíbrios aconteceram, os azuis e brancos chegaram naturalmente à vantagem. Iam decorridos 18 minutos quando Aboubakar marcou o primeiro, bisou passados 3 minutos e com esse dois golos de rajada, ficou encaminhado o resultado e a conquista dos 3 pontos. A partir desse momento, confortável no jogo e no resultado, o conjunto de Sérgio Conceição arrancou para um quarto-de-hora de boa qualidade e em que podia e merecia ter dilatado a vantagem. Não dilatou no seu melhor período e como no restante tempo até ao intervalo alguns, os mesmos que emperraram até ao golo inaugural, resolverem ligar o complicador, o que saía naturalmente começou a não sair, a vantagem continuou nos dois golos, quando com mais calma a passar, mais assertividade a definir e a finalizar, o F.C.Porto podia ter construído uma margem mais dilatada no final dos 45 minutos.
 
Na segunda-parte, já sem Brahimi - entrou Otávio que começou na esquerda, mas rapidamente passou para o meio, descaindo Marega para o lado esquerdo do ataque - e perante um Moreirense totalmente inofensivo, também muito pelo efeito do calor, o F.C.Porto nunca sentiu necessidade de acelerar, foi gerindo a vantagem, o jogo arrastou-se, apenas mais um golo de Aboubakar quebrou a monotonia e colocou o marcador num resultado mais condizente com o domínio e a superioridade portista.

Resumindo:
A exibição não foi nada de especial - há uma atenuante de monta: jogar com um calor como esteve hoje é muito complicado...-, mas a vitória foi sem discussão. Somamos mais três pontos, foi mais um jogo sem sofrer golos. Não fizemos nada de especial, mas fizemos o que era preciso fazer até este momento. E quando é assim...

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