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segunda-feira, 27 de maio de 2019


Esta época podia ter sido excelente, por culpas próprias, virtudes alheias, má fortuna e alguns padres queridos do clube querido deles todos, não foi, está a ser difícil de digerir. Estivemos tão perto de festejar e acabamos sempre a ver os festejos dos outros.

Começando pela Champions League, a único prova em que os objectivos, foram cumpridos e até ultrapassados, a análise é simples:
Mesmo que o último resultado seja o que está mais presente na nossa memória e a derrota no Dragão frente ao Liverpool, foi pesada, não podemos deixar de dizer que a prestação do F.C.Porto na Champions League foi muito boa, para mim acima das expectativas. Um Fase de Grupos exemplar, nos oitavos a eliminação da Roma foi um dos momentos da época. Perder e ser eliminado pelo Liverpool, finalista e principal favorito da prova, não deslumbra, na primeira-hora hora do jogo da 2ª mão viu-se o melhor Porto da temporada. Como na principal prova entre clubes, da UEFA dá muitos e bons prémios, facturar mais de 80 milhões de euros deve ter deixado a SAD muito satisfeita.

Na Taça da Liga, depois de uma Fase de Grupos feita à medida dos mais fortes, foi o F.C.Porto melhor que o Benfica nas meias-finais e venceu bem, bem melhor que o Sporting na final, esteve em vantagem quase até ao minuto 90, do nada - uma tentativa de corte de Óliver, apanhou um jogador leonino que apareceu de surpresa, penálti convertido, empate injusto. Mais um desempate através de pontapés da marca de grande penalidade, Sporting melhor, Taça da Liga perdida pela equipa mais forte da final-four.

O filme da Taça de Portugal é muito semelhante ao da Taça da Liga:
eliminatórias ultrapassadas com alguma naturalidade, final perdida ingloriamente e em circunstâncias muito cruéis e já suficientemente abordadas.
Se considerarmos as duas eliminações na época anterior, as meias-finais da Taça da Liga e de Portugal, no último sábado foi o 4º desempate por esse método que o F.C.Porto perdeu e com a nítida sensação de injustiça. Como se fosse pouco, com isso perdeu a possibilidade de ter mais quatro troféus. Mas não é só falta de sorte... as finais são para ganhar!

Campeonato:
Digo e repito, o F.C.Porto não está obrigado a ser sempre campeão, a exigência passa pela  obrigação de lutar sempre até ao fim pelo título. E é assim pelo seu prestígio, pela sua grandeza, pelo orçamento que tem. Sendo assim, porque lutou até à última jornada, conseguiu um número de pontos elevado - já se venceram campeonatos com muito menos pontos - deve esta época ser considerada positiva em termos de campeonato? Pelas razões que apontei, pelas que virão a seguir, não sou capaz de dar como resposta um peremptório não, fico por um nem por isso. E nem por isso porque o objectivo não foi cumprido, porque uma coisa é estar sempre na luta, taco a taco desde o princípio até ao fim e por um jogo que correu mal, lá foi o título, outra é chegar a ter uma vantagem de sete pontos para o principal rival e desperdiçá-la. Também e é preciso dizê-lo, salvo algumas excepções, a qualidade do futebol praticado pela equipa de Sérgio Conceição não se pode comparar com a da época transacta - Isto não significa que nos jogos em que perdeu pontos, o F.C.Porto não tenha merecido vencer (Guimãrães é um bom exemplo) e em que ganhasse sem merecer (Braga no Dragão?
Portanto, reduzir tudo às influências dos árbitros, por muito que na parte final do campeonato elas tenham ultrapassados todos os limites da decência, é redutor, não ajuda a uma reflexão correcta, retira responsabilidades próprias e quem não é capaz de ter sentido crítico, olhar para si próprio, não consegue ter sucesso, transforma uma cultura de exigência e que tantos vitórias, algumas retumbantes, conseguidas pelo F.C.Porto, numa cultura do choradinho que não pode ser a nossa.

E agora?
Agora é fazer um bom diagnóstico e aplicar as melhores terapias. Isto é, ver onde errámos, onde estão os problemas, resolvê-los em conjunto com a parte técnica, com critério e competência. E como o estar na Champions League é fundamental e temos já em Agosto a 3ª pré-eliminatória é importante que tudo se resolva a tempo e horas, saia quem tem de sair, contrata-e quem tem de se contratar, de preferência sem as novelas dos últimos anos. Sei que é mais mais fácil teclar que gerir, mas já fomos capazes, temos de voltar a ser. Que a premissa seja um compromisso entre os interesses técnicos e possibilidades directivas, com a presença, envolvimento e intervenção do scouting. Já que o dinheiro não abunda e portanto, é preciso muito engenho, arte e conhecimento profundo dos mercados, possamos ir a jogo com gente com provas dadas e não com figurinas que andam há anos a passear a sua incapacidade e incompetência.
Depois, um por todos todos pelo F.C.Porto. Se houver instabilidade ela não pode partir de dentro para fora, já basta o que basta - ter lidar com este estado lampiânico bafiento e promíscuo que se espalha por todos os lados, até no comentário às eleições europeias se aproveita qualquer pretexto para glorificar o clube do regime. é dose, ter de aguentar com instabilidade interna muitas vezes saídas do nada ainda complicam muito mais uma situação que é muito difícil. O F.C.Porto perdeu força, influência, poder, até o respeito que lhe é devido, a situação está pior do que estava nos primeiros tempos da presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa. Nessa altura, sabemos todos o quanto foi preciso trabalhar, lutar, para equilibrar e não dominar como diz a má-língua. Seremos capazes de o fazer agora? Não sei. Mas sei que se não atenuarmos este déficit, se não formos novamente um clube que junta a competência da gestão desportiva ao espírito guerreiro que nos caracteriza, estamos sujeitos a vê-los passar por mais alguns anos e ninguém quer isso.
Tem a palavra quem dirige o clube/SAD. As tropas, está à vista de todos, estão mobilizadas, para além de terem tido uma paciência digna de registo. Não abusem da sorte e não se esqueçam que as vitórias e as performances desportivas estão sempre acima de tudo, só essas deviam ser recompensadas.

Última nota:
- Toupeira com calo no cu como o macaco, Delgado, és tão previsível, um porco e um anti-portista primário. Elogias o Varandas e criticas o Sérgio Conceição, como no passado elogiaste e ficaste entusiasmado sempre que Bruno de Carvalho se atirava contra o F.C.Porto e Pinto da Costa, mesmo quando eram tiradas de péssimo gosto. Não é por isso novidade tantas loas ao Varandas. Seria estranho que um verme como tu, sem coluna vertebral, sempre pronto a prostituir-se e a fazer fretes ao Vieira e ao SLB, a vaca leiteira do regime, compreendesse que há gente capaz de se sentir, porque, entre outras coisas, quem não se sente não é filho de boa gente.

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