Depois da uma noite de grandes emoções na fantástica jornada europeia, mas sem tempo para ter tempo, o F.C.Porto tinha rapidamente de descer à terra, pensar no campeonato e no difícil jogo frente ao Santa Clara.
Sérgio Conceição fez entrar Diogo Costa, Pepê, Fábio Cardoso, David Carmo e Zaidu, Otávio, Uribe, Bruno Costa e Galeno, Taremi e Evanilson, e o campeão começou o jogo a ganhar. Logo aos 3 minutos Fábio Cardoso de cabeça adiantou os portistas. Após o golo, alguma atrapalhação atrás e precipitação na frente, originaram lances na área de Diogo Costa, embora sem perigo, e desperdício de Galeno e Evanilson.
Com o Santa Clara na expectativa e depois sair no contra-ataque, apesar do futebol portista não fluir, ser lento e previsível, eram dos azuis e brancos os lances mais perigosos, Evanilson voltou a ter e a falhar uma boa oportunidade, idem para Otávio.
Nos últimos 15 minutos com Zaidu a ser facilmente ultrapassado, David Carmo apenas a jogar para o lado e para o guarda-redes, incapaz de sair a jogar e a meter na frente com qualidade e critério, os açorianos estiveram perto do golo ao minuto 38, voltaram a ameaçar ao minuto 40, pressionaram alto, acabaram por cima a primeira-parte.
Longe de ser brilhante, o F.C Porto justificava a vantagem mínima. Mas além da falta de eficácia, alguns jogadores, Otávio, Uribe, Taremi - esteve completamente desaparecido do jogo - Galeno, Evanilson, pareciam cansados e isso reflectia-se no rendimento da equipa.
Sem alterações para a etapa complementar, o F.C.Porto recomeçou com mais bola, mas os mesmos defeitos, passes errados, más decisões, jogadores a chegarem à bola sempre atrasados e perderem as divididas.
Era notório que era preciso mexer, refrescar a equipa.
Aos 65 minutos foi quando os portistas chegaram com relativo perigo na segunda-parte, na resposta Diogo Costa teve de se aplicar.
O relógio marcava 69 minutos quando saíram Bruno Costa e Evanilson, entraram Rodrigo Conceição e Toni Martínez.
Com o F.C.Porto a ter grandes dificuldades em explanar um futebol que já mostrou ser capaz, ao minuto 80 Galeno não dominou bem, perdeu uma boa oportunidade, falhou o chapéu na jogada seguinte e de imediato deu o lugar a Gonçalo Borges.
Aos 83 e de canto, os açorianos empataram com os centrais mal no fotografia - como é que uma equipa que tem um central com mais de 1,90 sofre um golo assim? Estava-se mesmo a ver que podia acontecer. Otávio completamente exausto, tentava, mas não dava à equipa o que ela precisava. Taremi, também em sub-rendimento, na única vez que criou perigo, obrigou o guarda-redes a uma grande defesa.
No tempo de desconto saíram Zaidu e Pepê, entraram Grujic e Danny Namaso. E o jogo terminou com um empate que penaliza os Dragões e onde alguns jogadores estiveram muito aquém do que era necessário.
Notas finais:
Não foi apenas o cansaço na origem deste empate comprometedor. Desde logo, não se pode descansar com o resultado na vantagem mínima.
Este jogo acentua o milagre da Champions.
Se o F.C.Porto não bateu neste jogo o recorde de passes ao guarda-redes, ficou muito perto.
Não me vou agarrar ao lance do golo - não era canto. Mas mais uma vez Artur Soares Dias, o tal que está tão condicionado, tem tanto medo, prejudicou o F.C.Porto, teve influência no resultado.