Já apurado, mas ainda com possibilidades de vencer o grupo, o F.C Porto com Diogo Costa, Pepê, Fábio Cardoso, Marcano e Zaidu, Otávio, Grujic, Eustaquio e Galeno, Taremi e Evanilson, começou bem, aos 5 minutos numa jogada muito bem construída, Taremi, que antes bem posicionado tinha feito um disparate, adiantou os azuis e brancos, após assistência de Evanilson, bem lançado por Pepê.
Com o Atletico mal e em claras dificuldades para sair, mérito de um F.C.Porto bem na circulação, organização e pressão, os Dragões podiam ter feito quase de seguida o 2º, Galeno falhou inacreditavelmente, apesar da excelente defesa de Oblak.
Tentaram reagir os madrilenos, não conseguiram, Galeno redimiu-se, isolou-se pela esquerda, ofereceu o golo a Eustaquio, vantagem correcta.
No espaço de dois minutos dois disparates de Pepê podiam ter tido consequências, estragado uma exibição de qualidade do F.C.Porto, um Porto exemplar na abordagem ao jogo, na forma como se deve abordar e jogar estes jogos na principal competição da UEFA.
Oblak voltou a brilhar, evitou o 3-0, após mais uma magnífica jogada em que apenas faltou o golo.
Grujic que estava a fazer um jogão, levou um amarelo escusado, já com a bola controlada e em vantagem na jogada, deixou ficar o braço que atingiu um jogsdor dos espanhóis.
Sempre com os Dragões muito mais perto do terceiro que o Atletico do primeiro, o intervalo chegou com a vantagem de dois golos, que podiam, sem exagero, ter sido três ou quatro, para a equipa campeã de Portugal.
Resumindo, foi dos melhores 45 minutos iniciais que vi ao F.C.Porto de Sérgio Conceição, na Champions. Não foram alguns momentos de excesso de confiança, particularmente de Diogo Costa, Pepê e Zaidu, que retiram brilho à qualidade da exibição portista.
Para a segunda-parte só se pedia que a equipa que, se não mantivesse a mesma qualidade, pelo menos fosse capaz de manter a organização, concentração, disponibilidade física, não cometesse erros graves, permitisse que os espanhóis entrassem no jogo, acreditassem que podiam remontar.
A perder por dois golos e com a continuidade nas provas europeias em risco, era natural a reacção da equipa treinada por Diego Simeone. Mas o F.C.Porto não relaxou, não facilitou, foi quem mais perigo criou, teve melhores oportunidades para marcar o 3º que o Atletico de Madrid para reduzir.
Com Zaidu substituído por Wendell que entrou bem, aos 52 minutos - aos 81 Evanilson deu lugar a Toni Martínez; aos 89 saíram Pepê, Otávio e Galeno, entraram Rodrigo Conceição, Bernardo Folha e Gonçalo Borges -, o F.C.Porto foi gerindo a vantagem, só já no último quarto-de-hora os espanhóis tiveram algumas boas oportunidades, mas aí Diogo Costa disse presente. Já com o relógio a marcar 90+5, Marcano que esteve muito bem e fez por merecer a titularidade e quiçá, continuar na equipa, foi infeliz, traiu o seu guarda-redes, permitiu que os colchoneros reduzissem a desvantagem.
Notas finais:
Como agora não vão faltar padrinhos, aparecerem os que sempre acreditaram, como não sou hipócrita, digo que após as duas primeiras jornadas e, principalmente, depois da goleada em casa frente ao Brugge, sem atirar a toalha, nunca pensei que o F.C.Porto partisse para uma serie de 4 vitórias consecutivas, terminasse o grupo em 1º lugar.
Agora é preciso concentração total nos jogos do campeonato e taça que faltam até à paragem para o mundial, enfrentar esses jogos com o mesmo espírito dos jogos da Champions League. Não há espaço nem paciência para um Dragão bipolar.
Como os jogadores não são máquinas, este foi o 3º jogo em menos de uma semana, natural a quebra na parte final do jogo.