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sábado, 10 de dezembro de 2022


Depois da excelente exibição e da goleada à Suiça, Portugal tinha pela frente a grande surpresa do mundial a selecção marroquina acabada de eliminar a Espanha, uma das favoritas a vencer a prova.

Com Diogo Costa, Calor, Pepe, Rúben Dias e Raphael Guerreiro, Otávio, Rúben Neves, Bernardo Silva e Bruno Fernandes, João Félix e Gonçalo Ramos, Portugal tendo pela a frente uma equipa africana de tracção à retaguarda, precisava de ser paciente, mas sem abusar, procurando os espaços, ora através da bola no pé, jogadas de envolvimento, no desequilíbrio individual, na surpresa da profundidade, com qualidade de passe e critério, sempre com atenção aos contra-ataques dos marroquinos. 

Os primeiros 45 minutos foram de muita bola, mas muito no seu meio-campo, por parte de Portugal. Ritmo lento, pouca dinâmica, um seis, Rúben Neves que apenas jogava para o lado e para trás, zero jogadas de perigo, Marrocos a defender com todos e quando podia a sair rápido para o ataque e até a ser mais ameaçador e melhor que Portugal. Já quase em cima do intervalo, cruzamento para a área, péssima saída de Diogo Costa, golo de Marrocos e não se podia dizer que era um resultado injusto. 


A perder era preciso reagir, mas a segunda-parte começou como terminou a primeira. Livre com o perigo a rondar a baliza portuguesa, Diogo Costa a defender por instinto.

Depois do aviso, Fernando Santos meteu Cancelo e Cristiano Ronaldo, tirou Raphael Guerreiro e Rúben Neves, Portugal foi à procura do empate.

Gonçalo Ramos falhou uma oportunidade clara, Bruno Fernandes esteve perto do golo.

Mais duas substituições, saíram Gonçalo Ramos e Otávio - sou suspeito, gosto muito do Otávio, mas não percebi. Talvez Otávio precise de fazer umas voltinhas, rodar, sem sair do sítio, jogar para o lado e para trás... - entraram Rafael Leão e Vitinha.

Domínio total da equipa portuguesa, Marrocos defendia, contra-atacava cada vez menos, Dalot saiu lesionado, entrou Ricardo Horta, mas o domínio esbarrava na muralha defensiva dos africanos.

Bonou fez uma grande defesa a remate de João Félix. Já no tempo de descontos Ronaldo perto do empate, foi expulso um marroquino, Diogo Costa evitou o segundo, Pepe falhou por pouco, Portugal fora do mundial. 


Notas finais:

Um erro de Diogo Costa e uma equipa sem um  ataque capaz de fazer um golo, mesmo quando teve quase sempre a bola nos segundos 45 minutos.


Quando o melhor jogador português tem 39 anos... as tão badaladas vedetas deviam sentir vergonha. Pepe foi o único que esteve a um nível elevado o que não é nada abonatório para a dita geração de ouro.


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